O presidente estadual do Progressistas, ex-prefeito de Floriano Joel Rodrigues , reagiu nesta quinta-feira (18) à declaração do deputado Marden Menezes e afirmou que providências judiciais serão tomadas caso os dissidentes do partido não saiam da sigla no prazo determinado de 30 dias. Segundo o dirigente o “PP não está brincando” quanto à decisão de retirar os parlamentares de vez do partido.
Em entrevista ao GP1 , Joel questionou que perseguição o deputado Marden Menezes alegou e reforçou que a decisão do Diretório Estadual do PP respeita a decisão dos parlamentares que saíram da oposição e migraram para a base de apoio do governador Rafael Fonteles (PT).
“Como é que é uma perseguição? Nós temos um partido que faz parte da oposição ao Governo do Estado. Temos três deputados que fizeram uma escolha, e a gente precisa respeitar as escolhas, as pessoas que seguiram para a base do Governo. Agora, o partido senta, se reúne, toma uma decisão, faz um encaminhamento para dar o aval a esses deputados que já estão lá, para que eles possam ir, como diz a história, de mala e cuia, liberando-os sem retaliação, sem nenhum problema. E o deputado [Marden Menezes] está dizendo que não vai cumprir o prazo; aí não dá para a gente entender. Lamentamos a atitude. Agora, nós, do PP, não estamos brincando. Estamos dando oportunidade, mas, se não acatarem o prazo, o partido tem os meios legais, com base no estatuto, para tomar as providências, e elas serão tomadas após os trinta dias”, destacou o dirigente.
Entenda
O deputado estadual Marden Menezes (Progressistas) afirmou que o prazo dado por Joel Rodrigues, presidente do PP no Piauí, para que ele se desfilie da sigla é uma espécie de “perseguição” ou de “pressão”. Em conversa nessa quarta-feira (18), o parlamentar disse que a decisão não faz sentido, já que uma dissolução dessa magnitude teria que começar pela instância nacional do partido.
“Eu entendo que são dois pesos e duas medidas. Em Brasília, o partido participa do Governo Federal e, aqui no Piauí, o dirigente partidário quer criar um ambiente de perseguição ou de contestação dos deputados estaduais? Não faz muito sentido. Acho que é factoide para criar notícias na imprensa. Se fosse uma postura institucional, qualquer tomada de providências começaria no cenário nacional. O que existe, na verdade, é um fato gerado por um dirigente partidário cuja conduta, ao meu ver, parece mais perseguição, criando uma pressão para, de certa forma, atingir os parlamentares”, afirmou Marden Menezes.
Marden ainda disse que aguardará para tratar sobre o assunto com o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, com quem mantém “boa relação”. “Eu mantenho uma boa relação com o senador Ciro Nogueira, que é um senador experiente, uma pessoa de diálogo, e, no momento oportuno, trataremos. Agora, criar uma pressão aqui no Piauí em relação aos deputados estaduais pelo fato de apoiarem o Governo Rafael Fonteles não faz sentido. Não há nada, do ponto de vista jurídico, que embase esse suposto prazo [para desfiliação]”, finalizou Marden.