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Polícia

Acusado de integrar quadrilha que aplicava golpes de falsos empréstimos é preso no Piauí

A prisão foi feita pela Polícia Civil do Paraná dentro da Operação Fallen Fox nessa terça-feira (30).

Uma pessoa foi presa no Piauí, nessa terça-feira (30), acusada de integrar uma organização criminosa especializada em golpes de falsos empréstimos. Ela e outras 39 pessoas foram presas durante a Operação Fallen Fox deflagrada pela Polícia Civil do Paraná.

O esquema causou prejuízos estimados em R$ 3 milhões em menos de um ano, atingindo vítimas em todo o país. Foram cumpridos mandados de prisão em Curitiba e Araucária, no Paraná e em cidades na Bahia, Piauí e Mato Grosso do Sul.

Foto: Divulgação/PC-PROperação Fallen Fox
Operação Fallen Fox

Dos presos, 38 foram por mandados de prisão, sendo duas na Bahia, uma no Piauí e outra no Mato Grosso do Sul. Outros dois foram presos em flagrante por posse irregular de arma de fogo e tráfico de drogas no Paraná.

Além disso, foram representadas medidas patrimoniais de bloqueio de bens e valores em contas bancárias e aplicações financeiras.

Como agia o grupo

A organização criminosa criava anúncios fraudulentos em plataformas online, onde falsos atendentes se passavam por funcionários de instituições financeiras. Um dos criminosos recebia R$ 60 mil por mês pela criação dos anúncios fraudulentos.

As vítimas eram atraídas por promessas de empréstimos com taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado. “Os golpistas agiam de forma meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança nas vítimas. Utilizavam linguagem técnica bancária e ofereciam condições aparentemente vantajosas. Antes da suposta liberação do crédito, exigiam o pagamento de diversas taxas fictícias, como comprovação de renda, aumento de score de crédito, IOF e Imposto de Renda. Todo esse processo era feito de maneira tão convincente que muitas vítimas só percebiam o golpe após terem perdido quantias significativas”, explicou o delegado Ricardo Casanova, da Polícia Civil do Paraná.

Os depósitos eram feitos em contas de operadores financeiros, responsáveis pela movimentação do dinheiro e repasse aos líderes da organização. A organização utilizava o DDD 11 para simular uma localização em São Paulo, para tentar aumentar a credibilidade dos golpes.

Os investigados na operação Fallen Fox responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Operação Downfall

A Operação Fallen Fox é um desdobramento da Operação Downfall, deflagrada em 4 de maio de 2023 pela Polícia Civil do Paraná e pela Polícia Federal, com o objetivo de reprimir o tráfico internacional e interestadual de drogas.

Durante as investigações daquela operação, a polícia identificou o envolvimento de alguns membros da organização com golpes de falso empréstimo, o que motivou a deflagração da Operação Fallen Fox.

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