Davi Fernandes
Pedro Oliveira
Um homem e uma mulher, identificados apenas pelas iniciais R. P de A e A. K. V. S, foram alvos do golpe do falso intermediário e perderam R$ 9 mil durante a venda de um veículo modelo Chevrolet D20, por meio da internet, no município de Miguel Alves. O crime foi denunciado nesta segunda-feira (07) no 6º Distrito Policial da Polícia Civil do Piauí.
Em entrevista ao GP1, a mulher afirmou que o carro estava sendo vendido no valor de R$ 38.700,00 e que, inicialmente, foi transferido para o criminoso a quantia de R$ 9 mil. O restante do dinheiro só não foi transferido devido a uma das vítimas ter perdido um documento. A negociação do criminoso para obter o montante durou cerca de 24 horas.
“Era um carro que estava sendo vendido, era uma D20, ano 1993, no valor de R$ 38.700. A gente passou R$ 9 mil e o restante não foi transferido porque eu tinha perdido um documento, mas a transferência seria feita. Começamos a falar com o bandido no domingo e segunda foi feita a transferência”, relatou uma das vítimas.
Entenda o golpe do falso intermediário
O delegado Odilo Sena, titular do 6º Distrito Policial, explicou como o golpe é realizado. Segundo ele, o criminoso se aproveita de algum anúncio verdadeiro e com páginas falsas em redes sociais se passa por intermediador da venda, assim, as vítimas entram em contato com o golpista e não com o verdadeiro dono do produto com o objetivo de vender algo.
“Esse golpe do falso intermediário envolve um anúncio falso, que até existe um anúncio verdadeiro. Os bandidos reproduzem, criam uma página falsa, principalmente no Facebook, mas normalmente as pessoas não têm esse cuidado. A pessoa ao invés de entrar em contato com o dono, entra em contato com a pessoa que diz ser dono, no caso o criminoso, e aí o criminoso manipula tanto quem é quer comprar, como quem quer vender. Então tem uma série de situações que ele manipula toda essa história até o ponto de ele entregar uma conta-corrente, uma conta bancária e a pessoa depositar o valor que ele quer”, explicou o delegado.
Odilo Sena também alerta que, muitas vezes, os golpes são realizados por grupos criminosos e é necessário que usuários de redes sociais tomem cuidado ao verificarem que nos anúncios possuem números com o DDD diferente do Piauí.
“A gente alerta a população em relação a esse ponto por conta de que não é só aqui é no estado inteiro e praticamente todas as delegacias acontecem a mesma coisa, o mesmo tipo de golpe e é que se trata não só de uma pessoa, se trata de uma organização criminosa e a gente tem que ter ideia, quando a gente vê número no anúncio com DDD diferentes da nossa região, 79, 21, 61, 64, que são de outros estados, as pessoas têm que ter muito cuidado ao ver esses números, porque normalmente se tratam de organizações criminosas”, ressaltou.
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