A Polícia Civil do Piauí cumpriu, nessa terça-feira (27), mandado de prisão contra João Batista Rodrigues Soares, acusado de assassinar Luiza Maria da Conceição Jaques com golpes de machado, no município de Manoel Emídio, em 1996. Ele estava foragido da Justiça do Piauí há 27 anos, sendo o mandado de prisão em aberto mais antigo do Estado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), o autor do crime foi localizado e preso nessa terça no município de Balsas, no Maranhão. A irmã da vítima, Izaura Maria, revelou a felicidade da família com a prisão do acusado. “Só tenho a agradecer à Polícia Civil do Estado que prendeu ele. A gente ficou muito feliz pela prisão dele, a gente ficou um tempo muito triste, mas a gente nunca perdeu a esperança do trabalho”, disse Izaura Maria.
“Naquela época foi muito difícil para todo mundo. Foi um crime completamente bárbaro, que comoveu a família toda, ficou todo mundo muito triste. A Polícia Civil mostrou que realmente a justiça tarda, mas não falha”, comemorou Charlene Lima, sobrinha da vítima.
O crime
Na noite do dia 27 de dezembro de 1996, a vítima Luiza Maria da Conceição Jaques foi assassinada, a golpes de machado, enquanto dormia em sua casa, na localidade Horto, zona rural de Manoel Emídio, no Sul do Piauí. Após o crime, o bandido tentou ocultar o cadáver da vítima, arrastando-a para um matagal, no entanto, populares visualizaram a tentativa de ocultação do corpo, o que motivou a fuga do assassino, que deixou, inclusive, uma enxada próxima ao corpo.
“Na época ainda não existia o crime de feminicídio, então o assassino foi indiciado por homicídio qualificado. Porém, o processo estava suspenso em razão da fuga do autor. Agora, a Polícia Civil do Piauí o apresenta para que responda perante o Poder Judiciário, na forma da lei, pelo crime cometido”, explicou o diretor de Inteligência da SSP-PI, delegado Anchieta Nery.
Ainda segundo o delegado Anchieta Nery, a Secretaria de Segurança Pública continuará empenhada na missão de localizar todos os foragidos e cumprir todas as ordens do Poder Judiciário, contribuindo com a paz social e efetivação da justiça. “Quase 30 anos após o crime, a família da vítima Luiza Maria pode ter a tranquilidade de que esse delito não ficará impune”, encerrou o delegado.
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