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Capitão da PM do Piauí é acusado de tentar matar a esposa na frente da filha

Segundo a esposa do PM, ele teria efetuado um disparo de arma de fogo contra a parede durante o ocorrido.

O capitão Jean Carlo Rodrigues Bezerra, da Polícia Militar do Piauí, ex-diretor da Casa de Custódia e atual comandante do grupamento Rondas Ostensivas de Caráter Prisional – ROCAP, da Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus), está sendo acusado de tentar matar a esposa na frente da filha pequena do casal. O fato teria ocorrido no domingo, 30 de abril, segundo relato da companheira do PM registrado em Boletim de Ocorrência.

A esposa do capitão Jean Carlo procurou a Central de Flagrantes de Timon no dia em que teria acontecido o fato, e registrou queixa. O Boletim de Ocorrência foi distribuído para a Delegacia da Mulher de Timon, e a partir de agora o caso será investigado sob a supervisão da delegada Mariely Vilhena. A titular da delegacia concedeu entrevista ao GP1, informando detalhes da denúncia e os procedimentos que devem ser adotados.


Foto: Reprodução/FacebookCapitão Jean Carlo Rodrigues Bezerra
Capitão Jean Carlo Rodrigues Bezerra, quando ainda era tenente

Segundo a delegada, na ocasião da denúncia, a esposa pediu uma medida protetiva. Ela afirmou que, naquele dia, o capitão Jean Carlo havia chegado em casa embriagado e alterado, tentando esganá-la. A mulher relatou ainda que o marido efetuou um disparo de arma de fogo contra a parede e a ameaçou de morte, e só não avançou nas agressões porque estava na frente da filha.

“No Boletim de Ocorrência ela relata que o agressor teria chegado embriagado e alterado em casa, jogou ela contra a cama e tentou esganar ela apertando o pescoço com as mãos e só não o fez em razão da filha. Nessa oportunidade, ele disse que não vai ‘não vai sustentar enquanto não a ver morta’, e efetuou um disparo contra a parede usando uma arma cautelada da Polícia Militar do Piauí”, narrou a delegada Mariely Vilhena.

Segunda denúncia

Um fato que chama atenção é que essa é a segunda vez que a esposa do policial o denuncia por agressão. Na primeira vez, o caso também ficou sob responsabilidade da delegada Mariely Vilhena, que realizou todo o trabalho investigativo, contudo, quando o processo foi parar na Justiça, a mulher desistiu de ir adiante com a denúncia.

“Nessa mesma oportunidade ela relembrou que foi vítima de violência doméstica no ano de 2018, que foi feita a investigação policial, encaminhada à Justiça mediante processo judicial, mas que não oportunidade ela desistiu”, disse a delegada.

Procedimentos cabíveis

Após receber a denúncia, a titular da Delegacia da Mulher despachou o Boletim de Ocorrência requisitando a intimação imediata da esposa do capitão, para que ela preste depoimento narrando todos os detalhes do ocorrido.

“Já foi encaminhado ao Instituto de Criminalística dessa cidade um ofício requisitando perícia no local do fato, para que a gente ateste suposto crime de disparo de arma de fogo, manifestado por ela no B.O. E para que os investigadores tentem localizar supostas testemunhas que tenham ouvido o disparo ou presenciado a cena”, explicou a delegada Mariely Vilhena.

A delegada também vai acionar o Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, para que suspenda a posse e o porte de arma de fogo do capitão Jean Carlo. “Vamos oficiar a Polícia Militar do Piauí para que seja feito a imediata suspensão da posse e do porte de arma desse investigado. Como a arma é cautelada, a Polícia Militar tem a obrigação legal de suspender o porte desse armamento. Se a arma fosse privada, a gente solicitaria a busca e apreensão desse armamento de imediato”, concluiu a titular da Delegacia da Mulher.

Outro lado

O capitão Jean Carlo não foi localizado pelo GP1. O espaço está aberto para esclarecimentos.

Nossa reportagem também entrou em contato com a assessoria da PM-PI na noite desta terça (2), mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

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