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Pessoas que anunciam blitzen no WhatsApp em Teresina serão intimadas

Grupos em aplicativos de mensagem têm sido utilizados para informar as localizações das fiscalizações.

Integrantes de grupos de WhatsApp, que alertam sobre blitzen em Teresina, estão sendo intimidados a serem ouvidos pela Polícia Civil. Desde a intensificação das fiscalizações na Capital pelo secretário de segurança Chico Lucas, pessoas tentam driblar as blitzen por meio de informações sobre as localizações de barreiras através das redes sociais.

Em entrevista ao GP1, o Gerente de Operações de Trânsito da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSPPI), Fernando Aragão, afirmou que até o momento, cerca de mil integrantes dos grupos já foram identificados. Caso seja comprovado que essas pessoas tenham envolvimento com as divulgações, elas podem ser processadas.


O principal ponto levantado por Fernando Aragão é que criminosos também estão tendo acesso a essas informações, o que acaba atrapalhando o trabalho da Polícia CIvil. “A gente sabe que dentro desses grupos têm pessoas que estão preocupadas apenas porque estão lá com a sua documentação atrasada, também têm criminosos. Então, infelizmente, essas informações chegam para esse tipo de pessoa, o que acaba atrapalhando nosso trabalho. Desde que nós começamos os trabalhos de integração, nós conseguimos colocar nas nossas blitzen a polícia ostensiva, Polícia Judiciária e agentes de trânsito e , assim, conseguimos retirar de circulação drogas, armas e recuperar veículos roubados. Nós estamos conseguindo ter sucesso na redução de acidentes, que caíram de 40% a 60% em todo o Piauí. Por isso, precisamos estender o programa para o restante do estado", destacou Fernando Aragão ao GP1.

Ele também ressaltou a satisfação de perceber que as operações têm recebido bastante elogios de populares, que passam a se sentir seguros com a presença das Forças de Segurança nos bairros e nas ruas. “A gente entende que as pessoas de bem estão aplaudindo. Você não sabe o que é a gente armar uma blitz e as pessoas colocarem as cadeiras para fora das casas, por estarem se sentindo seguras com a nossa presença ali. Então nós vamos continuar”, reafirmou Fernando Aragão.

Código Penal

Ainda segundo ele, essa prática fere o Artigo 265 do Código Penal, que trata sobre os atentados contra os serviços de utilidade pública, que pode resultar de 1 até 5 anos de reclusão. “Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública: pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa".

Aumento nas blitzen

O Gerente de Operações de Trânsito da Secretaria de Segurança Pública (SSPPI) afirmou ainda que a proposta do secretário Chico Lucas é duplicar o número das blitzen, além de estender a blitz integrada para o interior do estado. “É determinação do secretário de Segurança nós duplicarmos essas blitzen e estendermos as integradas para as pontes e para o interior. Porque [no interior] elas já acontecem, porém, agora receberão uma força integrada, com Polícia Civil, Polícia Militar e Ciptran”, finalizou Fernando Aragão.

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