O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), deflagrou nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (06) a décima fase da Operação Luz na Infância para dar cumprimento a 125 mandados judiciais contra alvos relacionados a crimes contra criança e ao adolescente, em 18 estados da federação e em mais 5 países. No Piauí, há dois alvos de mandado de busca e apreensão. Um deles foi preso e há também um flagrante sendo lavrado neste momento.
Ao todo, participam da operação os estados do Piauí, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, além do Distrito Federal. Além do Brasil, os países participantes são: Argentina, Estados Unidos, Panamá e Equador.
A fase ostensiva da operação está sendo desencadeada pela Polícia Civil dos estados envolvidos e, no Piauí, o responsável pelas ações é o delegado titular da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática, Anchieta Nery, que até o momento conseguiu prender uma pessoa em Teresina, suspeita de crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet.
"Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na zona leste de Teresina. Os investigados constantemente transacionam arquivos contendo crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. A Polícia Civil, com Coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, faz esse trabalho de investigação na rede e detecta as trocas desses arquivos. Em um dos alvos de cumprimento de busca, um apartamento em edifício da zona leste, foi preso em flagrante um homem de 40 anos que estava fazendo download dos vídeos no momento da entrada da equipe Policial", informou o delegado Anchieta Nery.
Operação Luz na Infância
Desde que a primeira edição foi lançada, ainda no ano de 2017, foram cumpridos 1.922 mandados de busca e apreensão e realizadas 946 prisões em flagrante.
Luz na Infância 1: 20 de outubro de 2017. Foram cumpridos 157 mandados de busca e apreensão de computadores e arquivos digitais. Foram presas 108 pessoas.
Luz na Infância 2: 17 de maio de 2018. As Polícias Civis dos estados cumpriram 579 mandados de busca, resultando na prisão de 251 pessoas.
Luz na Infância 3: 22 de novembro de 2018. Operação deflagrada no Brasil e na Argentina com o cumprimento de 110 mandados de busca, resultando na prisão de 46 pessoas.
Luz na Infância 4: 28 de março de 2019. Operação foi deflagrada em 26 estados e no Distrito Federal resultou no cumprimento de 266 mandados e 141 pessoas presas.
Luz na Infância 5: 4 de setembro de 2019. Operação deflagrada em 14 estados e do Distrito Federal, além dos Estados Unidos, Paraguai, Chile, Panamá, Equador e El Salvador. A ação resultou no cumprimento de 105 mandados e 51 pessoas presas.
Luz na Infância 6: 18 de fevereiro de 2020. Operação envolveu policiais civis de 12 estados, além dos Estados Unidos, Colômbia, Paraguai e Panamá. Foram cumpridos no Brasil e nos quatro países 112 mandados de busca e apreensão.
Luz na Infância 7: 6 de novembro de 2020. Operação envolveu policiais civis de 12 estados, além dos Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Panamá. Foram cumpridos no Brasil e nos quatro países 136 mandados de busca e apreensão.
Luz na Infância 8: 9 de junho de 2021. Operação envolveu policiais civis de 18 estados, além dos Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Panamá e Equador. Foram cumpridos no Brasil e nos cinco países 176 mandados de busca e apreensão.
Luz na Infância 9: 30 de junho de 2022. Foram cumpridos 163 mandados de busca e apreensão em 13 estados do Brasil (74) e em seis países (89). As buscas recolheram 1 terabyte (TB) de material pornográfico infanto-juvenil. Foram 73 prisões em flagrante: 28 no Brasil e 45 nos demais países envolvidos: Argentina (68), Equador (2), Estados Unidos (5), Panamá (5), Paraguai (7) e Costa Rica (2).
No Brasil, a pena para quem armazena conteúdo infantil impróprio na internet varia de 1 a 4 anos de prisão; de 3 a 6 anos para quem compartilhar; e de 4 a 8 anos de prisão para quem produz conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual.
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