A Polícia Federal no Piauí deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15), a Operação Paradoxo com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), nos municípios de Ipiranga do Piauí e São Luís do Piauí, com objetivo de apurar esquema de corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro existente entre empresários e servidores públicos dos municípios.
De acordo com informações da PF, 25 policiais federais e três auditores da CGU cumpriram nove mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Piauí nos municípios de Picos, Ipiranga do Piauí e São Luís do Piauí. A polícia também cumpriu mandados nas sedes das Prefeituras de Ipiranga do Piauí e São Luís do Piauí.
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As investigações apontaram que houve repasses vultosos de valores de empresas sediadas em Picos para agentes púbicos vinculados a municípios dessa microrregião. Consta ainda que, por diversas vezes, esses repasses ocorreram nas mesmas datas dos pagamentos realizados às empresas relativos a obras e serviços executados nos municípios envolvidos.
A Polícia Federal já identificou irregularidades em procedimento licitatório que resultou na vitória de uma das empresas investigadas, bem como a remessa de valores a título de pagamento de vantagem indevida superior a R$ 1,5 milhão. Além disso, ficou demonstrada a utilização, pelo grupo criminoso, de pessoas interpostas com a finalidade de promover a lavagem do dinheiro obtido com a prática dos crimes.
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O nome da operação Paradoxo é uma referência à contradição existente entre os fatos apurados e os princípios que devem nortear os servidores públicos.
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