O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou à Justiça 13 policiais civis presos durante a operação Infiltrados deflagrada pelo Greco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), em maio deste ano, por fraude no concurso público de Agente de Polícia Civil do Piauí. A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Jorge Luiz da Costa Pessoa, no dia 8 de junho.
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Os policiais denunciados foram: Cyro Nascimento Fonseca, Anderson Vasconcelos da Nobrega, Jean Ribeiro da Costa, Aline de Miranda Carvalho Nobrega, Thiago da Silva Macedo, Priscila de Almeida Lima Sabóia, Paulo Alberto Machado Cerqueira, Cícero Henrique de Sousa Araújo, Ricardo Araújo Mesquita, Maria dos Remédios Alcântara Santiago de Jesus, José Clodomar Sabóia Júnior, Antônio Lopes da Silva Júnior e André Luís de Carvalho.
Também foram denunciados o advogado Edilberto de Carvalho Gomes, o estudante de medicina, Sávio de Castro Leite, o médico Regis Carlos de Oliveira Sousa, os agentes penitenciários José Vilomar Nunes Pereira e Cristiane Maria Alcântara Santiago, o servidor público estadual Cristian Alcântara Santiago, Marcelo Freire, Joselito Batista Alves, Hermeson José da Silva, Willams da Silva Alves, Jardeanny Ernesto da Silva, Paulo Roberto Scarcela Muniz, Marcos Fernando do Carmo Nunes e Maurício da Silva Lima.
O promotor pede a procedência do pedido com a condenação dos acusados nas penas previstas.
Operação Infiltrados
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí e a Delegacia Geral da Polícia Civil, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – GRECO, Corregedoria de Polícia Civil e Diretoria de Inteligência da SSP-PI deflagraram em 09 de maio deste ano, a Operação Infiltrados com o objetivo de desarticular uma organização criminosa, formada por policiais civis, especializada em fraudes a concursos públicos, em especial, ao certame para Agente de Polícia Civil, realizado no ano de 2012.
Ao todo 23 mandados de prisão foram cumpridos, destes, 13 contra policiais civis, que passaram no concurso alvo da investigação, e 10 contra pessoas fora da polícia.
Segundo a polícia, a organização cobrava dos aprovados com base no salário que constava no edital. “O salário de um agente policial é de R$ 5 mil, então eles multiplicavam por 10 vezes o valor do salário do edital. Na época o salário era de mais de R$ 2 mil, então era dez vezes esse valor”, disse o delegado Kleydson Ferreira.
As investigações tiveram início em 2016, após a deflagração da Operação Veritas, que culminou na prisão de 30 pessoas acusadas de fraudar o concurso do Tribunal de Justiça.
O Greco conseguiu depoimentos revelando a ocorrência de irregularidades em outros concursos e vestibulares realizados no estado do Piauí, incluindo o da Polícia Civil. Com base nesses depoimentos a investigação foi iniciada.
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