A Polícia Civil de São Paulo tornou público um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado que operava em pensões e hotéis na região da Cracolândia, no Centro da capital paulista. As investigações apontam que pelo menos 28 estabelecimentos são suspeitos de serem a base de um ecossistema financeiro do PCC. Todos foram interditados.
Os hotéis eram usados para o armazenamento de drogas e ponto de partida para várias operações fraudulentas. Segundo a polícia, os recursos saíam desses locais e iam para empresas, formando uma rede colaborativa do crime organizado, até chegar nas destinatárias finais, empresas de membros do PCC.
O Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil iniciou a investigação há um ano. A operação, denominada Downtown, teve três fases. A terceira fase, deflagrada nesta semana, resultou na detenção de 14 pessoas durante o cumprimento de 140 mandados de busca e apreensão.
Durante as ações, foram apreendidos joias, armas, drogas e R$ 27.000 em espécie. Um laboratório de drogas associado ao PCC também foi descoberto em São Lourenço da Serra, na região metropolitana de São Paulo. A polícia ainda deve confirmar o volume total de recursos lavados pela organização criminosa no esquema.
A operação Downtown teve início em junho de 2023, resultando na prisão de 33 pessoas e cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão. A segunda fase, em 4 de junho de 2024, terminou com 5 presos e R$ 43 mil apreendidos, com 13 mandados de busca e apreensão cumpridos. A terceira fase, em 13 de junho, deteve 14 pessoas e interditou 28 estabelecimentos durante o cumprimento de 140 mandados de busca e apreensão.