Jeyson Moraes
A juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, recebeu denúncia e colocou no banco dos réus Luan Rodrigues dos Santos, acusado de se passar pelo empresário Fernandin OIG para aplicar golpes. A denúncia foi recebida no dia 2 de setembro.
A acusação formulada pela promotora Gianny Vieira de Carvalho, do Ministério Público do Piauí, teve como base inquérito policial instaurado neste ano pelo delegado Yan Rêgo Brayner, que finalizou com o indiciamento do acusado por estelionato e falsa identidade, no dia 19 de agosto.
As investigações iniciaram após Fernandin OIG procurar a polícia para relatar que seu nome estava sendo utilizado, com auxílio de inteligência artificial, através de tecnologia de emulação de voz, para aplicar golpes financeiros em influenciadores e amigos.
Segundo o relatório do inquérito, ao qual o GP1 obteve acesso, o acusado utilizava o número de telefone +55 11 91655-6764 para entrar em contato com influenciadores se passando pelo empresário, e oferecia propostas de parcerias para divulgação de casas de apostas.
Depoimento do empresário
Em depoimento prestado à polícia no dia 30 de julho, o empresário Fernandin afirmou que estava sendo procurado por diversas pessoas, que relatavam ter sido procuradas por alguém se passando por ele. Uma dessas pessoas foi um amigo do empresário, que durante uma chamada de vídeo com o golpista, fez um print da tela do seu celular quando o acusado, por descuido, ligou a câmera.
O empresário Fernandin compartilhou a foto nas redes sociais, comunicando a tentativa de golpe, e outras pessoas apareceram, informando terem sido procuradas pelo investigado.
Influenciadores denunciaram golpe
No decorrer da investigação, foram ouvidas diversas testemunhas, incluindo amigos e contatos comerciais de Fernandin. Com base nesses depoimentos, foi identificado que o indiciado agia dessa forma: oferecia publicidade para donos de casas de apostas, que lhe repassavam dinheiro, e depois fechava com influenciadores, que faziam a divulgação, mas não recebiam o pagamento.
Uma das pessoas ouvidas pela polícia é um influenciador que possui mais de 2 milhões de seguidores no Instagram. Ele relatou que o golpista, se passando pelo empresário, lhe ofereceu R$ 30 mil para fazer divulgação na sua rede social, mas não recebeu o pagamento. Pouco tempo depois, o dono da casa de apostas lhe procurou, dizendo ter repassado dinheiro para o investigado, que se passava por Fernandin. Assim, ambos concluíram ter sido vítimas de golpe.
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