O juiz Thiago Carvalho Martins, da Vara de Delitos de Organização Criminosa de Teresina, recebeu denúncia em ação penal contra Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, mais conhecido como "Paulinho Chinês", por envolvimento em um esquema de tráfico de drogas. A decisão, proferida na última sexta-feira (01), marca um novo capítulo em uma investigação complexa que se estende desde 2017.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, Paulinho Chinês foi flagrado em uma operação policial desencadeada a partir de uma denúncia anônima. Ele teria sido visto entrando em uma residência suspeita no Conjunto Manoel Evangelista, em Teresina, carregando uma caixa grande. Posteriormente, foi observado saindo do local com sacolas, acompanhado de outro suspeito de iniciais R. R.
A polícia interceptou os suspeitos e encontrou um total de 53 tabletes de cocaína distribuídos em dois veículos: 30 tabletes em um Fiat Palio e 23 tabletes escondidos no painel de um Fiat Uno Vivace estacionado na garagem da residência.
O caso está sendo conectado a um processo criminal anterior, no qual ele já era investigado por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, como parte da chamada "Operação Mandarim", deflagrada no dia 23 de novembro de 2022, pela extinta Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), que teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva contra envolvidos com o tráfico de drogas e associação para o tráfico nas cidades de Teresina e Timon.
O juiz determinou a reunião dos processos devido à conexão instrumental entre eles, argumentando que as provas de um caso influenciam diretamente o outro.
Evidências contra Paulinho Chinês
As evidências contra Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa incluem testemunhos dos policiais envolvidos na operação; apreensão de drogas nos veículos Fiat Palio e Fiat Uno Vivace; a chave do Fiat Palio encontrada no veículo SW4 de Lustosa; o estado da residência, que aparentava ser utilizada exclusivamente como depósito de drogas e o Depoimento de Alexandre do Nascimento Silva, outro suspeito, que identificou Lustosa como "Chinês" e afirmou estar a seu serviço.
A decisão ressalta que a denúncia atende aos requisitos prescritos no artigo 41 do Código de Processo Penal, expondo detalhadamente o fato criminoso, suas circunstâncias, qualificando o acusado e classificando o crime.
O magistrado ordenou a citação de Paulinho Chinês para que responda à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias. A decisão também menciona que o réu deve ser informado sobre seu direito de requerer provas e arrolar testemunhas durante sua resposta à acusação.
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