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Piauí inicia processo para encerrar os lixões e aterros do estado

A primeira região a receber a usina será Piripiri, beneficiando cerca de 214 mil habitantes.

O Piauí está prestes a ter a sua primeira usina biomecânica para tratamento de resíduos sólidos e iniciar o processo de encerramento de lixões e aterros sanitários no estado. O empreendimento é uma parceria entre o Governo do Piauí, através do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí (IAEPI) e o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia (INCT). O CEO do instituto, Marcus Andrey, está no Piauí, visitando as microrregiões de Cocais e Carnaubais, para tratar da implantação da ação, que beneficiará, inicialmente, 214 mil habitantes da região de Piripiri.

Em entrevista ao GP1, Marcus explicou um pouco mais sobre o projeto. “O processo que ocorre nessas usinas é diferente do que acontece em aterros sanitários. Com esse projeto, nós faremos uma remediação, vamos retirar tudo que está jogado a céu aberto nesses 15 municípios e vamos descontaminar essas áreas. Aquele material que está lá interessa para as usinas biomecânicas que serão construídas, pois podemos transformá-lo em produtos de valor agregado, como biogás, bioenergia, biofertilizante” explicou o CEO do INCT.


Foto: Divulgação/Ascom INCTEquipe do INCT em visita ao lixão de Piripiri
Equipe do INCT em visita ao lixão de Piripiri

“Os aterros continuam enterrando lixo e emitindo chorume, gerando o metano, que é um dos piores gases de efeito estufa e isso continua poluindo o planeta. Nossa solução é definitiva. Trata-se de respeito pelo meio ambiente e pela vida humana”, destacou Marcus.

Geração de empregos

A instalação dessas usinas também trará empregos para a região, favorecendo os trabalhadores que hoje atuam nos lixões e aterros sanitários do estado. Marcus falou sobre o assunto. “Serão 85 vagas de emprego geradas de forma direta, além de muitas vagas indiretas com todo o trabalho que será feito nas bordas dessas usinas. As 85 vagas de emprego direto serão destinadas para os catadores de resíduo sólido, aqueles que, hoje, estão lá dentro do lixão. Eles serão reaproveitados, receberão treinamento e trabalharão dentro de um galpão climatizado, dentro de uma corporativa. Então, é um projeto que valoriza o ser humano, trazendo mais dignidade para essas pessoas que estão à margem da sociedade”, explicou o coordenador do projeto.

Quando as usinas estarão prontas

Marcus Andrey falou em que etapa está a criação das usinas e quando ficará pronta a primeira delas. “Nós estamos na fase dos estudos preliminares. Estamos fazendo a gravimetria, que é a caracterização do resíduo sólido de cada um dos 15 municípios que compõem o Consórcio Meio Norte. A previsão é de que a instalação da primeira usina aconteça até o final de setembro de 2024. Então, até esse período nós teremos a primeira usina de valorização de resíduos sólidos no Piauí” ressaltou o CEO.

Foto: Divulgação/Ascom INCTDr. Magno Pires, presidente do IAEPI; Jôve Oliveira, prefeita de Piripiri e Marcus Andrey, CEO do ICNT
Dr. Magno Pires, presidente do IAEPI; Jôve Oliveira, prefeita de Piripiri e Marcus Andrey, CEO do ICNT

A ação faz parte do Termo de Colaboração que estrutura o primeiro Consórcio Intermunicipal para Composição e Tratamento Integral do Lixo. A proposta é abranger os municípios do Consórcio Meio Norte, composto pelas 15 cidades das microrregiões de Cocais e de Carnaubais: Piripiri, Pedro II, Piracuruca, Capitão de Campos, Domingos Mourão, Lagoa do São Francisco, Brasileira, São José do Divino, Cocal de Telha, Milton Brandão, Cabeceiras do Piauí, São João da Fronteira, Boa Hora, Boqueirão do Piauí e Nossa Senhora de Nazaré.

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