A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina entrou no segundo dia consecutivo nesta terça-feira (14), aumentando o impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro) e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).
De acordo com o Sintetro, que representa a categoria dos trabalhadores do transporte público, uma das reivindicações trata-se da assinatura da convenção coletiva, que ainda não ocorreu. Os motoristas e cobradores também não aceitaram a proposta do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), apresentada em audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na última sexta-feira (10), quando foi proposto um reajuste de 6% nos salários, 20% no auxílio alimentação e 33% no auxílio saúde.
Em função disso, o que se repetiu nesta manhã foram usuários do transporte público da Capital à espera de veículos alternativos, 100 ao todo, cadastrados pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans), na tentativa de suprir a necessidade, ainda que insuficiente, dos ônibus no período de greve.
O que diz o Setut
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou que está tentando manter o “diálogo permanente tanto com o sindicato laboral, quanto com a Prefeitura, para manter o bom funcionamento do sistema de transporte da capital”.
Confira a nota na íntegra
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que na tarde desta sexta-feira (10), a entidade esteve reunida, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), juntamente com a Procuradoria Regional do Trabalho, Prefeitura de Teresina e os dois sindicatos, patronal e laboral, onde foram amplamente discutidas todas as questões que envolvem uma negociação salarial a respeito do transporte urbano, serviço público essencial para toda a sociedade.
Ao final, o sindicato patronal, sensibilizado, após os apelos do Desembargador Manoel Edilson, Procurador Chefe do Trabalho Dr Edno, bem como dos representantes da prefeitura, ofertou para seus colaboradores, num esforço sobre-humano, um reajuste de 6% nos salários (a inflação está em 5,7% ), 20% no auxílio alimentação e 33% no auxílio saúde. Para surpresa de todos e indignação dos representantes do setut, os sindicalistas, representantes sindicato dos motoristas, não aceitaram a proposta e afirmaram, categoricamente, que iriam manter a greve, com indicativo de iniciar na segunda-feira, em desrespeito total à população teresinense.
O Setut reitera seu total compromisso com a população da capital, buscando diálogo permanente tanto com o sindicato laboral, quanto com a Prefeitura, para manter o bom funcionamento do sistema de transporte da capital.
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