O juiz de direito Auxiliar da 8ª Vara Criminal respondendo pela juíza auxiliar da 7ª Vara Criminal, Raimundo José de Macau Furtado, determinou que os autos do processo contra os acusados de matar o empresário Rafael Soares de Sousa, durante um assalto, sejam redistribuídos para a 5ª Vara Criminal de Teresina. A decisão foi dada no dia 9 de janeiro deste ano.
De acordo com o magistrado, a 5ª Vara Criminal de Teresina tem "competência privativa dos crimes de trânsito, crimes praticados por organização criminosa, bem como os crimes sexuais contra criança e adolescente”.
“Assim, considerando a matéria versada neste feito, que veicula a suposta prática de crimes envolvendo organizações criminosas, reputo manifesta a incompetência deste Juízo para conhecer deste processo”, destacou o juiz Raimundo José.
O crime
O empresário Rafael Soares de Sousa, 24 anos, foi assassinado no dia 26 de setembro de 2022 após ter sido atingido com um tiro por um criminoso na porta de sua residência. Ele ainda chegou a correr para dentro de casa e em seguida foi socorrido pelo Samu, mas não resistiu ao ferimento e morreu no Hospital de Urgência de Teresina.
Quatro presos
Quatro pessoas foram presas por envolvimento no crime: Maycon Araújo de Moura, vulgo “Sapão”, líder da quadrilha, responsável por planejar e monitorar a rotina da vítima; Geovane, vulgo “Cigano”, responsável por efetuar o disparo que matou Rafael Soares, Lucas Vinicius de Sousa Pereira, vulgo "Queijeiro", que forneceu o carro usado na ação criminosa e Iasmim Soares Avelino dos Santos, 19 anos.
Motivação
O delegado Barêtta afirmou que o DHPP sempre trabalhou com a hipótese de latrocínio e que a motivação do crime seria o patrimônio do empresário. “A motivação era o patrimônio da vítima. Eles inclusive sabiam que a vítima tinha um caminhão, tinha um carro e valores que estariam naquele dia dentro da mochila. Havia toda uma organização para que fosse levado o dinheiro, o carro e também o caminhão que a vítima possuía. Está mais claro do que o sol do meio dia em Teresina [que foi latrocínio]. Nós temos todos os fatos em si ali entabulados nos autos do inquérito policial. A gente não trabalha com ilações. A gente trabalha com o que está posto nos autos”, frisou o diretor do DHPP.
Quadrilha especializada em roubos
O diretor do Departamento de Homicídio relevou ainda que a quadrilha que planejou e executou o latrocínio de Rafael Soares é especializada nesse tipo de crime, mas garantiu que os foragidos serão capturados e punidos.
“O delegado fez o esboço e a participação de cada um dos indivíduos envolvidos. Qual a participação e qual a cumplicidade deles nessa trama criminosa. Isso está no ventre do caderno investigatório. São pessoas rotineiras na prática do crime de roubo. Eles fazem do crime o seu meio de vida. O delegado está inclusive efetuando buscas no sentido que a gente possa prender o restante da quadrilha e esclarecer os fatos em toda a sua extensão”, completou o delegado Barêtta.
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