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Promotora denuncia 31 pessoas por golpe de R$ 5 milhões no Santander no Piauí

O esquema de fraude bancária causou um rombo de R$ 19 milhões em agências espalhadas pelo Brasil.

O Ministério Público do Piauí (MPPI) denunciou 31 pessoas acusadas de aplicarem golpe milionário no banco Santander, pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi assinada pela promotora de Justiça Francineide da Silva Sousa, no dia 9 de outubro. A quadrilha é suspeita de causar um prejuízo de R$ 5 milhões em agências do banco no Piauí. Ao todo, o esquema de fraude bancária causou um rombo de R$ 19 milhões em agências espalhadas pelo Brasil.

Foram denunciados: Anderson Ranchel Dias de Sousa, Ângela Marques de Almeida Terto, Ariosvan Lopes Pereira, Diana Mayara da Costa Reis, Dimona Cibele de Andrade Miranda, Eristay Cantuario Oliveira, Erisvelton Felipe Oliveira Santos, Handson Ferreira Barbosa, Ilgner de Oliveira Bueno Lima, João Gabriel Vieira Leal dos Santos, José Iann da Penha Passos, Juliana Maciel Aires, Kamila Thayline de Oliveira Gomes, Liedson Ribeiro da Costa, Louise Raquel Cardoso de Sousa, Marcelo Cristian Gomes Silva, Marcelo de Sousa Almeida, Maria Aparecida da Costa Morais, Rafael Soares de Oliveira, Raimundo Isaias Lima, Ramon Vitor Lopes Gomes, Rennan Erick de Oliveira Sousa, Sávio Máximo de Sousa Andrade, Simplício da Silva Santos, Tairo Nunes da Silva, Taise Nunes da Silva, Tiago de Carvalho Santos, Vinícius de Morais Sousa, Vitoria Ferreira do Nascimento, Wanderson Santos Queiroz e Washington Silva de Santana.


Segundo informações da Polícia Civil do Piauí, a organização criminosa é formada por 117 pessoas, e teria como líder Anderson Ranchel Dias de Sousa, que, juntamente com a esposa, a fonoaudióloga Ângela Marques de Almeida Terto, o empresário Ilgner de Oliveira Bueno Lima, e o pai dele Raimundo Isaías Lima, são investigados por terem envolvimento direto na fraude.

Foto: Alef Leão/GP1Anderson Ranchel, preso durante operação prodígio
Anderson Ranchel, preso durante operação prodígio

Presos durante a “Operação Prodígio”, deflagrada no dia 5 de setembro, os denunciados foram presos temporariamente, acusados de atuarem na cooptação de pessoas para criar contas bancárias com dados falsos. Pessoas jovens, de 19 anos, que se apresentavam como médicas e que apresentavam uma renda mensal de R$ 30 mil, realizavam movimentação nas contas para que o banco acreditasse nessa renda, e assim disponibilizasse o dobro do crédito.

Assim que a organização criminosa atingia um “score máximo”, eles praticavam o tombamento, que consiste em pegar o máximo de crédito, e tiravam o valor da conta usando empresas fantasmas, abertas para movimentar o dinheiro oriundo da fraude, e não pagavam mais.

Início das investigações

A operação foi deflagrada após o Santander detectar as fraudes, por meio de incoerências no balanço das agências, que acionaram a diretoria de segurança do banco, que manteve contato direito com a Polícia Civil do Piauí, dando início às investigações.

Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança do PiauíRelação dos presos - Operação Prodígio
Relação dos presos - Operação Prodígio

Primeiro golpe

Anderson Ranchel, apontado como líder da ação criminosa, teria dado o primeiro golpe no banco utilizando a esposa, a fonoaudióloga Ângela Marques de Almeida Terto, como “cobaia”, fazendo diversos empréstimos fraudulentos no nome dela. Depois do sucesso, ele teria desenvolvido uma rede para arregimentar pessoas na zona sul de Teresina, e nas cidades de Amarante, Floriano e região e no Maranhão.

Foto: Reprodução/InstagramAnderson Ranchel e Ângela Terto
Anderson Ranchel e Ângela Terto

Dessa forma, ele oferecia empréstimos para as pessoas, e tirava uma porcentagem de 20% a 40% do valor, e em troca, a pessoa ficaria com o nome sujo.

Empresas fantasmas

O empresário Ilgner de Oliveira Bueno Lima e o pai Raimundo Isaías Lima também foram presos durante a operação. Eles são suspeitos de criarem empresas fantasmas para movimentar o dinheiro adquirido por meio das fraudes cometidas pela organização criminosa. Ilgner também se apresentava como pré-candidato a vereador de Amarante, e teria aberto empresas até no nome do pai, que no período da investigação teria recebido meio milhão de reais.

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