O promotor João Mendes Benigno Filho, do Núcleo de Promotorias de Justiça do Tribunal do Júri, se manifestou na última sexta-feira (13) pelo prosseguimento da ação penal contra Fernanda Maria Lobão Ayres e Geovana Thais Vieira da Silva acusadas pelo crime de homicídio triplamente qualificado contra Tainah Luz Brasil Rocha, filha do jornalista Marcelo Rocha.
Nas respostas à acusação, a defesa de nenhuma das acusadas adentrou ao mérito da denúncia, escolhendo o momento da instrução processual para a discussão.
Na réplica à defesa preliminar, o promotor reconhece os indícios razoáveis de autoria e materialidade delitiva, e frisa que foi acertada a decisão que recebeu a denúncia em todos os seus termos no dia 01 de dezembro de 2022.
A manifestação aponta que restou comprovado durante a investigação criminal a autoria e materialidade do crime de homicídio qualificado atribuído às denunciadas.
“Assim, por estarem presentes indícios de autoria e materialidade suficientes no tocante à conduta de Geovana Thais Vieira da Silva e Fernanda Maria Lobão Ayres, o Ministério Público pugna pelo regular prosseguimento do feito”, diz o promotor.
Benigno Filho pede que seja designada a audiência de instrução e julgamento para que sejam ouvidas as testemunhas arroladas e tomados os depoimentos das rés.
Família pede agilidade no julgamento das acusadas
O advogado Otoniel Bisneto, que representa a família de Tainah Brasil, conversou com o GP1 e falou que a família está satisfeita com o fato de Fernanda Ayres, ex-namorada da vítima, também ter sido denunciada e pediu agilidade no julgamento das duas acusadas.
Segundo o advogado, a denúncia do Ministério Público reforça que o crime não foi praticado somente por Geovana Thais, atual namorada de Fernanda. A família acredita que as duas se uniram para cometer o assassinato.
Otoniel Bisneto acredita que agora o processo deve correr com celeridade e pediu agilidade para que o julgamento ocorra o mais breve possível. “Agora vamos para a próxima fase, que é a parte da instrução onde vai haver o interrogatório. Acredito que seja uma instrução rápida, porque só existiam as duas presentes no local, as testemunhas que estão arroladas são pessoas que em tese não têm como contribuir muito. As lesões demonstram como foi o grau de requinte de crueldade e brutalidade com que ela foi assassinada. Depois, é marcar a data do julgamento, então eu acredito que seja até célere”, declarou.
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