Ficais do Ministério Público do Trabalho (MPT) resgataram 39 pessoas em trabalho análogo à escravidão nas atividades de colheita de palha de carnaúba e em pedreira em seis município do interior do Piauí.
Segundo o MPT, os resgates foram feitos nos municípios de Campo Maior, Buriti dos Lopes, Castelo do Piauí, Batalha, Anísio de Abreu e Flores do Piauí. Durante as inspeções, a equipe encontrou os trabalhadores em condições degradantes de trabalho.
“Eles dormiam no local sem proteção contra intempéries, em baixo de lonas ou arvores, sem instalações sanitárias, sem água potável e sem local adequado pra estocagem e preparação de alimentos. Além disso, os trabalhadores não tinham carteira de trabalho assinadas”, conta no relatório do Ministério Público.
Os empregadores foram identificados e houve diálogo para que os mesmos pudessem arcar com os pagamentos das verbas rescisórias devidas aos trabalhadores. Somente um deles não efetuou o pagamento. Nesse caso, o MPT ingressará com as ações judiciais cabíveis contra o empregador.
Com os 39 resgatados, já são 52 os trabalhadores detectados em situação análoga a de escravidão no Piauí, somente em 2022. Em julho, foram resgatados três trabalhadores em Cristino Castro, dentro da Operação Resgate II. No mesmo período, outros dez trabalhadores já haviam sido resgatados em Palmeira do Piauí e Currais, atuando na catação de raízes.
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