O secretário estadual de Governo, Osmar Júnior, afirmou em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (14), que o governador Wellington Dias (PT) vai encaminhar à Assembleia Legislativa do Piauí proposta de reajuste que estabelece que nenhum professor do Piauí ganhe menos que R$ 3.845,00.
Conforme o secretário de Governo, na proposta também está garantida a incorporação do auxílio alimentação aos professores. “Acabamos de formalizar uma proposta, onde o governador Wellington Dias encaminhará a Assembleia o reajuste do piso dos professores para aquele estabelecido em lei, ou seja, nenhum professor do Piauí, ativo ou inativo, vai ganhar menos de R$ 3.845,00. Também está garantido aos professores, além do reajuste de 10% que reajustará o salário de todos os servidores do estado, aos professores será incorporado o auxílio alimentação, fazendo com que o reajuste para os professores seja de 14,51% este ano”, informou Osmar Júnior.
Segundo Osmar Júnior, o reajuste dos professores, que estão em greve há 19 dias, e dos outros servidores públicos estaduais, deve gerar impacto de R$ 600 milhões nas contas do Governo do Estado em 2022. “O Governo vai usar todos os recursos que estiveram ao seu dispor para garantir que o estudante piauiense da rede pública tenha aula regular. O impacto para o servidor público de um modo geral, juntando com as diferenças de categorias é de aproximadamente R$ 600 milhões para o ano de 2022”, explicou o secretário de Governo.
O secretário de Educação Ellen Gera defendeu a proposta e disse que esse reajuste atende várias reivindicações da categoria. "É uma proposta bem melhorada que atende várias reivindicações do sindicato. Em 2019, o governo fez um acordo com a categoria e ficou certo que a categoria teria incorporado aos seus vencimentos 4,17% para aposentados e ativos, vantagem dessa proposta é que primeiro os ativos terão esse 4,17% incorporado no vencimento e os aposentados que ficarão sem receber em 2019 porque eles não poderiam receber em auxílio alimentação também terão os 4,17% incorporados aos seus vencimentos", frisou o secretário de Educação.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Paulina Almeida, informou que a proposta será levada para a categoria, que decidirá em assembleia se encerrará a greve. “Nós vamos levar para a categoria e ficamos de nos reunir novamente com os secretários da Educação, do Governo e da Seadprev. A proposta não atende aquilo que estamos buscando, mas vamos levar para a categoria, vamos tentar fazer assembleia o mais rápido possível para poder trazer a resposta. Nosso papel é defender os trabalhadores em Educação eles irão dizer em assembleia se ficaram ou não satisfeitos com essa proposta”, ressaltou Paulina Almeida.
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