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Piauí

PF vai investigar denúncia de fraude eleitoral em Manoel Emídio

A portaria de instauração foi assinada no dia 5 de janeiro deste ano pelo delegado Leonardo Portela.

A Polícia Federal no Piauí abriu inquérito policial para investigar fraude eleitoral nas eleições de 2020 no município de Manoel Emídio. A portaria de instauração foi assinada no dia 5 de janeiro deste ano pelo delegado Leonardo Portela Leite.

O inquérito foi aberto após requerimento da advogada Mágila Rayoure Sousa Silva no qual relatou que o pleito eleitoral de 2020 foi marcado por situações anormais que deixaram em dúvida a legitimidade e lisura do processo.


Mágila é filha do ex-prefeito Antônio Sobrinho (PSD), que tentou a reeleição em 2020, mas foi derrotado pela candidata Claudia Medeiros (MDB).

Foto: Alef Leão/GP1Sede da Polícia Federal em Teresina
Sede da Polícia Federal em Teresina

Segundo a denunciante, ao analisar as atas bem como o caderno de votação, foi constatada a existência de divergências entre os números de assinantes votantes e o número registrado nos boletins de urnas.

“Na Zona Eleitoral de Manoel Emídio havia um total de 16 urnas e que em análise à documentação deferida pela Justiça Eleitoral observa-se que: na seção 05 havia um voto a mais no caderno do que na urna; na seção 06 havia um voto a mais no caderno do que na urna; na seção 08 havia um voto a mais no caderno do que na urna; na seção 17 havia dois votos a mais no caderno do que na urna; na seção 04 havia seis votos a mais no caderno do que na urna”, diz trecho da denúncia.

A denunciante alegou ainda que esse caso é apenas uma das muitas inconsistências que colocam em dúvida o resultado do pleito eleitoral de 2020, principalmente, porque a candidata vitoriosa do pleito ter obtido êxito com uma diferença de 32 votos.

Foi então pedida a instauração do inquérito policial para apurar a denúncia que foi acatado pela Polícia Federal. O inquérito foi aberto para apurar o possível cometimento do crime de “obter acesso a sistema de tratamento automático de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de alterar a apuração ou a contagem de votos”.

Outro lado

Procurada pelo GP1, a prefeita Claudia Medeiros preferiu não se manifestar e pediu que a reportagem entrasse em contato com seu advogado, que disse não ter conhecimento do inquérito.

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