O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, determinou nessa quarta-feira (21) a retirada do sigilo do processo contra o jornalista João Paulo Santos Mourão e a mãe, Maria Nerci dos Santos Mourão, acusados do assassinato da advogada Izadora Santos Mourão, ocorrido em 13 de fevereiro de 2021, na cidade de Pedro II.
O pedido da quebra do sigilo foi feito pelo Ministério Público do Estado do Piauí. O sigilo havia sido decretado desde o início das investigações tendo em vista a necessidade da preservação das diligências que envolveram o contexto fático, tudo isso somado a repercussão negativa do caso na sociedade local, aliado ainda à necessidade de proteção dos direitos fundamentais da advogada, bem como de seus familiares, sobretudo, dos seus filhos.
“Porém, tendo havido pedido expresso da acusação não rebatido pela defesa, e já tendo sido esgotada a fase instrutória, motivo principal de sua adoção, outra alternativa não resta a não ser a retirada do sigilo por parte do Juízo”, destacou o magistrado.
Por fim, o juiz decidiu que “sendo a publicidade e o interesse público à informação a regra dos atos processuais, acolho o pedido ministerial não rebatido e retiro o sigilo dos autos”.
Pronúncia
O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida ainda pronunciou o jornalista e a mãe para que sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri pelo homicídio triplamente qualificado contra Izadora Santos Mourão, combinado com feminicídio.
Entenda o caso
Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com pelo menos sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no dia 13 de fevereiro deste ano. A princípio, circulou a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.
Dois dias depois, o irmão de Izadora, João Paulo Mourão, acabou sendo preso pela equipe do delegado Denúbio Dias, acusado de assassinar a advogada a facadas. A Polícia Civil prendeu o jornalista em flagrante em sua residência na cidade de Pedro II, na tarde do dia 15 de fevereiro.
A investigação do DHPP apontou que a mãe de Izadora, Maria Nerci, criou um falso álibi para acobertar o filho, o jornalista João Paulo Mourão. “A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse Barêtta à época dos fatos.
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