O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, durante entrevista ao UOL, nesta segunda-feira (29) comentou sobre a demissão de Ernesto Araújo e afirmou que o Brasil precisa de um ministro das Relações Exteriores sem visões ideológicas.
Para Ciro Nogueira, as críticas dos parlamentares do Centrão a Ernesto Araújo não influenciou a demissão do ministro. O senador disse ainda que a decisão final foi do presidente da República.
“Não tenho nada pessoal contra o ministro Ernesto, quem deve nomear ou demitir ministro é o presidente. O que me cabia como senador e líder de um partido é criticar que nesse momento precisamos de um ministro das Relações Exteriores, que leve o país em primeiro lugar, com visão de nos ajudar e nos fizesse superar. Não temos outra alternativa a não ser imunizar a população e ele [Ernesto] não foi capaz. Eu espero que o novo ministro não tenha uma visão ideológica e sim patriótica do nosso país. Devemos ter relações com todos os países, seja EUA, China, com a União Europeia”, disse Ciro Nogueira.
Ciro Nogueira disse ainda que o novo ministro das Relações Exteriores precisa colocar o Brasil "em primeiro lugar". “Não podemos mais admitir erros de homens públicos que estão em qualquer cargo e que não coloque como prioridade o combate a pandemia. Eu nunca cobrei demissão e nem indicação de ministro no atual governo. O que eu pedi foi postura e o país não vai admitir um ministro das Relações Exteriores que não tenha postura de colocar nosso país em primeiro lugar”, argumentou o senador.
Críticas ao ministro
O senador Ciro Nogueira teceu críticas na sexta-feira (26) ao ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, ao qual afirmou ser responsável por ter uma "postura equivocada" diante da pandemia de covid-19 no que diz respeito à relação do Brasil com demais países. A declaração foi dada em reportagem ao Poder 360.
A pressão sobre o ministro Ernesto Araújo aumentou nesta semana, depois que ele participou de audiência pública no Senado.
Ministro demitido
O embaixador Ernesto Araújo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 29, para entregar seu cargo. A informação foi repassada por pessoas que acompanham a discussão sobre a saída do chanceler. Ernesto passou pouco mais de 800 dias à frente do Itamaraty e vinha sendo contestado dentro e fora do governo.
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