A revista nacional Fórum deu destaque, neste sábado (02), para um caso de investigação policial contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí, Celso Barros Neto, que é acusado de acobertar um suposto caso de assédio sexual cometido pelo presidente da subseção de Parnaíba, Francisco Robson da Silva Aragão.
De acordo com a matéria, Celso Barros entrou com pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI) para tentar barrar a investigação policial, com o objetivo de tentar atrair apoio dos advogados da subseção para sua reeleição à presidência da regional da Ordem.
Confira matéria na íntegra:
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí, Celso Barros Neto, entrou com pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI) para tentar barrar uma investigação policial em que é acusado de acobertar um suposta caso de assédio sexual cometido pelo presidente da subseção de Parnaíba, Francisco Robson da Silva Aragão – que deixou o cargo após repercussão do caso.
Fontes ouvidas pela Fórum afirmam que Barros Neto busca barrar a investigação para atrair apoio dos advogados da subseção para sua reeleição à presidência da regional da ordem. Ainda estão na disputa, que acontece em novembro, os advogados Raimundo Júnior, Nara Leticia e Carlos Henrique.
O suposto assédio teria ocorrido em 2019 contra uma advogada que ocupava o cargo de secretária-geral da subseção e depois uma estagiária. Em agosto, a Polícia Civil teria comprovado crimes de assédio secual, difamação e injúria, que foi aceito pela Justiça.
Um mês antes, em junho de 2020, Élida Fabrícia Franklin, ouvidora da OAB-PI, fez uma acareação entre o suposto assediador e a vítima. A ata, no entanto, não teria sido fornecida pela OAB à polícia.
Na investigação, Élida teria dito que a reunião foi informal e não houve registro em ata. Já Celso Barros teria dito à polícia que a ata constava no processo disciplinar interno na OAB-PI contra o presidente da subseção de Parnaíba.
A polícia desconfia dos motivos que levaram o presidente da OAB-PI e da ouvidora da ordem terem se contradito e acredita que a ouvidora possa ter mentido sobre a “informalidade” da acareação.
Por esses motivos, os dois respondem ao inquérito que Celso Barros quer barrar na Justiça. O presidente da OAB é acusado de falsidade ideológica e desobediência, enquanto a ouvidora responde por falso testemunho.
A Fórum entrou em contato com a assessoria da OAB-PI, que não retornou aos questionamentos até a publicação dessa reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
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