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Juiz nega revogação da prisão do jornalista Arimatéia Azevedo

A decisão foi dada pelo juiz Washington Luís Gonçalves Correia mesmo depois de parecer favorável da promotora Marlete Maria da Rocha Cipriano pela revogação.

Mesmo com parecer favorável da promotora Marlete Maria da Rocha Cipriano pela revogação da prisão preventiva do jornalista Arimatéia Azevedo, o juiz Washington Luís Gonçalves Correia, da 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, decidiu manter o jornalista preso. O magistrado alegou que existe um habeas corpus em tramitação no Superior Tribunal de Justiça e que “decidir sobre o objeto incorreria em desobediência à hierarquia e estrutura do Poder Judiciário.”

O jornalista é acusado em ação penal por suposta tentativa de extorsão que teria sido praticada contra o médico Alexandre Andrade Sousa.


  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Jornalista Arimatéia Azevedo Jornalista Arimatéia Azevedo

A defesa do jornalista requereu a revogação de sua prisão preventiva, que está com seus efeitos convertidos em prisão domiciliar, por decisão do STJ, atendendo pleito da defesa e que já dura mais de 70 dias.

Por ocasião da resposta à acusação, a defesa refutou as acusações da prática do crime, requereu a revogação da prisão preventiva, a oitiva de diversas testemunhas e diligências a serem realizadas, inclusive perícias em documentos advindo da polícia.

O Ministério Público, através da promotora Marlete Maria da Rocha Cipriano, opinou favoravelmente, não apenas pela liberdade de Arimatéia, como também pelo retorno às suas atividades laborais, mediante medidas cautelares diversas da prisão

No parecer a promotora demonstra inclusive que o mesmo não responde a qualquer outro crime de natureza patrimonial, mas somente crimes contra a honra, próprios da atividade de jornalista.

O juiz deferiu pedido para que seja oficiado o Instituto de Criminalística, para remeter ao juízo, no prazo de 10 dias, todas as perícias requisitadas pela Autoridade Policial e concluídas, com seus respectivos laudos, referentes ao Inquérito policial nº 2861/2020/GRECO, no qual figurou como investigados José de Arimatéia Azevedo e Francisco de Assis Barreto.

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