O Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI) já inspecionou 11 das 14 barragens que estão sob a responsabilidade do órgão. “As inspeções nortearão a necessidade de manutenções preventivas e/ou corretivas nas barragens monitoradas pelo órgão e, das realizadas até o momento, nenhum grau de risco de rompimento foi constatado”, diz o engenheiro Gregório Paranaguá. Ele lembra que este acompanhamento vem sendo realizado desde o início do ano quando foi nomeada uma comissão especial cujo objetivo foi intensificar a fiscalização e monitoramento das barragens construídas pelo órgão devido ao aumento das chuvas nesta época do ano.
“Fazemos esse trabalho in loco, com engenheiros barragistas, civis e agrimensores, além de geólogos e outros técnicos da área. Dessa forma, mantivemos o controle dessas barragens e poderemos, ao final das inspeções, apresentar um relatório sobre o seu estado atual e viabilizar, junto ao governador, recursos que garantam a continuidade de um plano de ação com inspeções periódicas e manutenções preventivas e corretivas nas mesmas”, diz o Diretor-Geral do IDEPI, Leonardo Sobral, ao avaliar como positivo o trabalho da Comissão. Vale destacar que a Comissão tem um prazo de até 180 dias (seis meses) para concluir as visitas técnicas de inspeção e emissão de relatório, podendo terminar em um tempo menor.
Outro fenômeno que chama atenção é o aumento do número de barragens com seus sangradouros em operação no período chuvoso. Sobre o assunto, o diretor do IDEPI explica que esta é a função deles. “O sangradouro de uma barragem entra em operação quando ela atinge sua capacidade de armazenamento máximo, o que é um fator positivo, pois tem como função reduzir o volume de água da área amontante (bacia), evitando, inclusive os riscos de rompimento das paredes do reservatório.
“Quando isso ocorre, o sangradouro está fazendo, portanto, a sua função definida em projeto, que é liberar águas excedentes, evitando, também o rompimento da barragem ou mesmo a retenção de água nos afluentes que desembocam nas bacias dos reservatórios e, por conseguinte, evitando inundações nas áreas amontoantes”, destaca. Ele ressalta que outro ponto positivo é que, no período de estiagem, essa água barrada servirá também para consumo da população desses municípios em várias frentes, humano, agricultura, alimentação de animais, dentre outros benefícios.
Outros esclarecimentos se referem às construções em locais onde há barragens, que deverão ter uma distância mínima de 200 metros. “É importante obedecer às recomendações de segurança, deixar os vertedouros livres e evitar construção de edificações nas margens dos reservatórios a uma distância mínima de 200 metros”, destaca Antônio Marcos Silva Lima, Diretor de Engenharia do IDEPI.
Conheça as barragens já inspecionadas pelo IDEPI:
* Salinas - são Francisco do Piauí;
* Piracuruca - Piracuruca;
* Algodões - Curimatá;
* Pedra Redonda - Conceição do Canindé;
* Mesa de Pedra - Valença;
*Corredores - Campo Maior;
* Emparedado - Campo Maior;
* Bezerro - José de Freitas;
* Poços - Itaueiras;
* Estreito - Simões
* Estreito - padre Marcos
Faltam inspecionar
Poço Marruá - Patos do Piauí;
Petrônio Portela - São Rdo. Nonato
São Vicente - São Miguel do Tapuio.
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