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MPF quer a cassação da aposentadoria do ex-procurador Emir Martins

Os pedidos foram formulados nas alegações finais da ação de improbidade administrativa contra o ex-procurador.

O Ministério Público Federal quer a condenação do ex-procurador-geral de Justiça Emir Martins Filho por improbidade administrativa e a cassação da aposentadoria como sanção de perda da função pública.

Os pedidos foram formulados nas alegações finais da ação de improbidade onde Emir Martins é acusado de ter omitido durante a sua gestão como procurador-geral de Justiça do Piauí, entre 2004 e 2008, fatos geradores de contribuições previdenciárias nas GFIPs apresentadas em nome do MP/PI para as competências de janeiro de 2006 a outubro de 2008, suprimindo, o recolhimento de tributos devidos ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) da União.


  • Foto: Facebook/Emir MartinsEx-procurador Emir MartinsEx-procurador Emir Martins

As alegações foram apresentadas na última quarta-feira (28) pelo procurador da República Marco Aurélio Adão.

MPF diz que Emir Martins agiu dolosamente

Segundo a ação, Emir Martins Filho deixava de informar nas GFIPs, dolosamente, pagamentos que o MP/PI efetuava para diversos segurados obrigatórios do INSS que prestavam serviços ao Órgão (ocupantes exclusivamente de cargos em comissão; estagiários “contratados” em desacordo com a legislação própria; e trabalhadores autônomos que prestavam serviços ao MP/PI).

Havia uma folha de pagamento de pessoal paralela, controlada pessoalmente pelo ex-Procurador-Geral de Justiça com valores muito superiores aos que eram informados à Previdência Social/Receita Federal nas GFIPs.

Vários contribuintes obrigatórios da Previdência Social simplesmente não eram mencionados nos documentos fiscais de arrecadação, o que ensejava a redução indevida dos recolhimentos previdenciários do Órgão controlado pelo então procurador.

Ilícitos foram constatados pela Receita Federal

Os ilícitos foram constatados pela Receita Federal em fiscalizações realizadas em 2009 e 2011 na PGJ/PI, as quais originaram a Representação Fiscal para fins Penais n° 10384.004548/2009-61 relativa aos períodos de janeiro de 2006 a dezembro de 2007, e a Representação Fiscal para fins Penais n° 10384.721.494/2011-74 relativa ao período de janeiro a dezembro de 2008.

Justiça decretou indisponibilidade dos bens

Emir Martins Filho teve decretada a indisponibilidade dos bens no valor de 1.000.000,00 (um milhão de reais), visando garantir o futuro ressarcimento do dano causado ao erário público.

O MPF pede a condenação do ex-procurador nas sanções previstas no art. 12, III, da Lei 8.429/92 que prevê o ressarcimento integral do dano, multa civil, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e a proibição de contratar com o Poder Público.

Outro lado

O ex-procurador não foi localizado pelo GP1.

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