Fechar
GP1

Piauí

Encontros com chineses abrem perspectivas de investimentos no Piauí

Piauí foi o único estado do Nordeste a participar de evento na China por seu destaque nas PPPs.

Entre os dias 5 e 9 de agosto, o Piauí cumpriu uma ampla agenda de compromissos na China. O governador Wellington Dias e a superintendente de Parcerias e Concessões, Viviane Moura, apresentaram as oportunidades de investimentos no Piauí a empresas, bancos e companhias de infraestrutura chinesas durante o GRI China-Latam Infra Summit & Week 2019, em Pequim e Xangai. Também integram a comitiva piauiense o secretário de Governo, Osmar Júnior, e o secretário de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, Wilson Brandão.

De acordo com Viviane Moura, o Piauí foi o único estado do Norte-Nordeste convidado a participar do evento, em virtude dos avanços em seu programa de Parceria Público-Privada (PPP). Atualmente, o Piauí possui 32 projetos na carteira, dos quais cinco estão contratos e em pleno funcionamento.


“Tivemos mais de 30 reuniões com empresas de diversos segmentos, entre investidores em infraestrutura, construtoras e operadores. Participamos ainda de um encontro com o diretor da China PPP Center, Jiao Xiaoping, que tem mais de 10.000 projetos em carteira e mais de 5.000 contratados”, comenta a gestora, acrescentando que o Estado terá a oportunidade de usar a plataforma do PPP Center para divulgar seus projetos de parceria com o setor privado.

A primeira reunião da comitiva piauiense foi com membros do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT). Na oportunidade, foram discutidas oportunidades de investimentos das empresas no Brasil com destaque para o nordeste. O conselho chinês desenvolve cooperação empresarial e intercâmbios com outros países.

“O CCPIT, hoje, representa o interesse de aproximadamente 200 mil empresas e funciona como o braço governamental que faz o acompanhamento, a integração para as áreas de comércio exterior, importação e exportação e também centraliza e acompanha as empresas chinesas que investem em outros países e as empresas de outros países também que investem na China. Esse diálogo que tivemos é um caminho importante para as agendas que vamos ter a partir de hoje, porque já vamos contar com o acompanhamento e apoio da equipe da CCPIT”, destacou Wellington Dias.

Foram realizadas reuniões isoladas com executivos e empresários para apresentar projetos de interesse do Estado. O objetivo do governo é gerar interesse para que os investidores possam ampliar seus negócios no Piauí. Segundo o governador, pelo menos 05 empresas do setor de infraestrutura demonstraram interesse de aprofundarem os estudos na área de transportes, como o Porto e Ferrovia e VLT de Teresina, e de integrar a capital do estado à Transnordestina.

A comitiva piauiense também participou de reunião com a ZTE, empresa de tecnologia que atua em 25 países e detém 25% do mercado. Atualmente, a empresa fornece componentes ao projeto Piauí Conectado, que visa implantar cinco mil quilômetros de fibra óptica de norte a sul do Estado.

No NDB – New Development Bank, banco do bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics), em Xangai, o Piauí tratou sobre os projetos de infraestrutura, programa de PPP do Piauí e fontes alternativas de financiamento. Em reunião, a empresa China Communications Construction Company (CCCC-SDC), uma das três maiores empresas de engenharia do mundo, conheceu o projeto do Porto de Luís Correia e a proposta de integração com uma ferrovia e a Rodovia Transcerrados.

Na empresa CGN Energy International Holdings Co. Limited (CGNEI), o governador apresentou informações sobre as oportunidades no setor de energias renováveis e sobre a Bacia do Rio Parnaíba. O Piauí foi um dos estados escolhidos pelo Grupo CGN para novos investimentos, ao lado da Bahia e do Rio Grande do Norte. Atualmente, a empresa possui dois projetos no Estado: a Usina de energia solar de Nova Olinda, na região de Ribeira do Piauí, e o Complexo Eólico de Lagoa do Barro, que entrou em operação em dezembro de 2018.

O governador também esteve em visita à empresa Huawei, que apresentou as novidades na área de tecnologia de ponta e manifestou interesse em conhecer e investir em projetos no nordeste e Brasil. Esteve ainda com o embaixador do Brasil na China, Paulo Mesquita, que se colocou à disposição para apoiar o Piauí no acompanhamento de projetos importantes.

“Já existem no Brasil cerca de 150 projetos com a participação da China e temos uma boa chance de atrair os investidores, pois o interesse deles em áreas como saneamento, mobilidade e transporte segue a linha de projetos que o Piauí apresenta em sua carteira”, pontuou Wellington.

Perspectiva de investimentos

Para a superintendente Viviane Moura, a viagem foi extremamente positiva, uma vez que o Piauí teve a oportunidade de se reunir com mais de 30 empresas para prospectar parcerias e investimentos, deixando muitas empresas interessadas nos projetos apresentados.

“A China se destaca como um dos países que, nos últimos anos, vem investindo fortemente em novos negócios relacionados à infraestrutura e oportunidades de serviços agregados à inovação e tecnologia. Nós temos, na carteira, projetos que demandarão um volume significativo de recursos financeiros para construção e compra de equipamentos, e no cenário econômico do país, hoje, temos que buscar outras alternativas de fontes de novos financiamentos”, comentou a gestora.

Viviane avalia que os projetos apresentados pelo Piauí durante o evento são competitivos e bem estruturados, além de serem estratégicos para o desenvolvimento econômico e social do Estado. A divulgação e prospecção de mercado, segundo ela, é uma importante saída para viabilizar projetos de infraestrutura. “O Piauí é um estado que ainda demanda muito investimento na reforma e na construção de novos equipamentos públicos, e que tem muito potencial para crescimento”, finaliza.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.