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Presídios do Piauí registram 6 mortes em pouco mais de seis meses

Segundo o presidente do Sinpoljuspi, a superlotação que atinge as unidades prisionais e a falta de agentes penitenciários é a causa para esses crimes ocorrerem.

Em quase sete meses do ano, o sistema prisional do estado do Piauí já registrou um total de seis assassinatos de detentos dentro de presídios do estado. O caso mais recente foi registrado ontem (20), quando Neurivan Alves Loiola Filho foi encontrado morto em um tambor na Penitenciária José de Ribamar Leite, mais conhecida como Casa de Custódia.

O primeiro caso do ano, ocorreu no dia 3 de março, quando Ivo dos Santos Rosa, foi assassinado às 10h da manhã no pavilhão G da Casa de Custódia. O corpo do detento apresentava perfurações e o assassinato ocorreu durante um banho de sol na unidade prisional.


Conforme o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), a morte do presidiário foi resultado de um erro administrativo da direção da Casa de Custódia.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Casa de Custódia de TeresinaCasa de Custódia de Teresina

29 de abril

Um presidiário, identificado como Clemilton Alves Pereira, de 21 anos, foi assassinado dentro na Casa de Custódia de Teresina. O corpo foi encontrado na manhã do dia 30 de abril, pelos agentes penitenciários da unidade prisional.

O preso foi assassinado na noite de 29 de abril. Ele foi amarrado e morto com diversas perfurações de um objeto cortante ainda não identificado. Ele residia na região da Santa Maria da Codipi, zona norte da Capital.

03 de maio

O terceiro caso do ano, ocorreu no dia 3 de maio, quando um preso de nome não revelado foi morto com sinais de enforcamento por volta de 10h na cela 19 do pavilhão C da Casa de Custódia.

Kleiton Holanda, presidente do Sindicato dos Policiais Civis Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça do Piauí (Sinpoljuspi), afirmou que o corpo foi encontrado pelos agentes penitenciários da unidade prisional.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Kleiton HolandaKleiton Holanda

14 de junho

Um detento identificado como Juniel Rodrigues Sena Rosa foi morto, no dia 14 de junho, por volta das 11h30, na Penitenciária Irmão Guido, localizada na zona sul de Teresina.

Segundo o Sinpoljuspi, o detento foi morto com centenas de perfurações realizadas com vergalhões retirados da própria penitenciária durante um banho de sol. “Foi brutalmente assassinado, no horário de banho de sol, por outros detentos ainda não identificados. Foi morto com vergalhões tirados da estrutura da unidade. Foram centenas de perfurações, não dá nem para contar, principalmente na região da cabeça”, relatou Kleiton Holanda.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Penitenciária Irmão Guido Penitenciária Irmão Guido

28 de junho

No dia 28 de junho, um detendo identificado como Carlos Antônio de Sousa Dourado foi encontrado morto em uma das celas da Penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina, situada no município de Parnaíba.

De acordo com informações repassadas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), o corpo do detento foi encontrado pelos profissionais que atuam na unidade prisional durante a troca de plantão. Os demais presidiários foram os responsáveis por avisar os agentes.

O diretor da penitenciária, Antônio Gilson Rodrigues, informou que não foi localizada, a olho nu, nenhuma marca de violência no corpo e que, provavelmente o preso tenha sido vítima de um infarto.

Caso mais recente

Um detento identificado como Neurivan Alves Loiola Filho foi encontrado morto em um tambor de lixo no Pavilhão C da Penitenciária José de Ribamar Leite, mais conhecida como Casa de Custódia, no início da tarde deste sábado (20), na zona sul de Teresina. Ele respondia pela morte do empresário Mayk Willami Pereira Portela, assassinado em fevereiro no ano passado em um bloco de Carnaval na Capital.

A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda. A perícia criminal foi acionada para iniciar os trabalhos no local

Neurivan Alves acabou sendo preso pela Polícia Militar no município de Manoel Emídio, no dia 03 de março do ano passado, menos de um mês após o crime. Contra ele pesavam ainda acusações de outros homicídios na Capital.

Segundo o presidente do Sinpoljuspi, a superlotação que atinge as unidades prisionais e a falta de agentes penitenciários é a causa para esses crimes ocorrerem.

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