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Processo de expulsão de Allisson Wattson da PM chega ao Karnak

O processo está com a assessoria jurídica e, em seguida, será repassado ao governador do Piauí.

O processo administrativo da Corregedoria da Polícia Militar que decidiu pela expulsão do capitão Allisson Wattson, assassino confesso da namorada, a estudante Camilla Abreu, chegou à assessoria jurídica do Palácio Karnak. A informação foi confirmada pela Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado.

Conforme a coordenadoria, o processo será encaminhado ao governador Wellington Dias, nos próximos dias, e posteriormente ao Tribunal de Justiça do Piauí, pois os policiais militares só podem ser expulsos da corporação com o aval do TJ.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Palácio de karnakPalácio de karnak

A coordenadoria explicou ainda que a demora se deu pelo fato da Procuradoria Geral do Estado possuir mais de 12 mil processos para serem analisados: "Na mesma época, o processo chegou à PGE, mas eles não cuidam só disso, a Procuradoria hoje, tem 12 mil processos sobre a jurisdição dele, para julgar e analisar, se você pegar um processo jurídico é tipo uma monografia, tem vários argumentos e esse processo do Capitão Allisson, se não me engano, são 90 páginas, ele é enorme e entra numa fila pra ser julgado como os outros, ele é distribuído pra um procurador e depois entra em pauta pra ser avaliado junto com outros processos, ele está sendo é rápido comparado a outros processos administrativos", relatou a coordenadoria.

Corregedoria da PM

A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí concluiu, em 8 de fevereiro deste ano, o processo administrativo contra o capitão Allisson Wattson. Considerado culpado, foi pedida a sua expulsão da corporação. A decisão foi lida na sede do Conselho de Justificação da Polícia Militar para os familiares de Camilla, o próprio capitão Allisson Wattson e pessoas ligadas a ele.

  • Foto: DivulgaçãoCamilla Abreu e capitão Allisson WattsonCamilla Abreu e capitão Allisson Wattson

Relembre o caso

A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu no dia 26 de outubro de 2017. Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, o capitão ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmou não saber do paradeiro do jovem.

A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações. No dia 31 de outubro, a Polícia Civil confirmou a morte da jovem. Já na parte da tarde, Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante.

Na manhã de 1º de novembro, o corpo da estudante foi enterrado sob forte comoção no cemitério São Judas Tadeu. No laudo cadavérico, foi concluído que a jovem foi arrastada antes de morrer.

O capitão virou réu na Justiça depois que a juíza de direito Maria Zilmar Coutinho Leal, da 2º Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia do Ministério Público. Em abril, a juíza pronunciou o capitão para ir a julgamento pelo Júri Popular.

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