Os policiais civis do Estado do Piauí decidiram, durante uma assembleia ocorrida na última terça-feira (24), continuar as atividades paralisadas. A greve iniciou no dia 03 de abril já dura 24 dias e ainda não há previsão de quando vai ser finalizada.
Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior, explicou que a categoria chegou a cogitar a possibilidade de suspensão da greve, porém, o projeto de lei encaminhado pelo Governo, que transforma o cargo de escrivão em agente de Polícia Civil, não chegou a ser apreciado pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) com as devidas alterações propostas pelos policiais civis. Isso gerou mais insatisfação e a decisão pela permanência do movimento grevista.
- Foto: Lucas Dias/GP1Constantino Júnior
“Nós realizamos uma assembleia nesta terça-feira (24), que tinha como propósito decidir suspender a greve ou não. O Governo chegou a colocar por escrito que estava disposto a dialogar com a categoria, mas nós policiais civis ficamos tão indignados com o que aconteceu na assembleia legislativa que decidimos continuar com o movimento paredista”, contou.
A greve
Para protestar contra a falta de reajuste salarial e as condições das delegacias, a Polícia Civil do Piauí paralisou as atividades desde o dia 03 de abril. A decisão ocorreu no início da tarde da última quinta-feira (15) durante uma assembleia geral no auditório do Centro de Artesanato de Teresina.
Projeto de lei
O governador Wellington Dias (PT) encaminhou para a assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) um projeto de lei para transformar o cargo de escrivão em agente da polícia civil. A proposta deverá ser analisada primeiro nas comissões técnicas da Alepi, antes de ser levada para votação no plenário.
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