Depois de 7 anos o Brasil passará, a partir de outubro, por mais um Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A novidade é que agora ele será no campo. O Censo agrícola vai levantar informações sobre agricultura, segurança alimentar, mão de obra rural, preservação ambiental e sustentabilidade.
Nesta quarta-feira (27), recenseadores e parlamentares fizeram o anúncio oficial do programa na Câmara dos Deputados. Roberto Olinto, presidente do IBGE, ressaltou a importância da pesquisa para o país. Segundo Olinto, a novidade para a realização deste censo será o uso de tecnologias, de dados geoespaciais e georeferenciais que facilitarão a coleta de informações e a elaboração dos resultados. “Os agentes vão monitorar os estabelecimentos munidos de um computador de mão, e depois essas informações poderão ser cruzadas, gerando mapas e outros dados que podem ser acessados e utilizados em amostragens futuras”.
A coleta de informações, prevista para 5 milhões de estabelecimentos pesquisados, começa dia 01 de outubro e vai até fevereiro de 2018. Um censo detalhado custaria aproximadamente R$ 1,6 bilhão em três anos, mas o Orçamento da União destinou por meio de emenda parlamentar apenas R$ 505 milhões neste ano para a tarefa, que teve de ser enxugada. Diante desta contingência, o corpo técnico do IBGE teve de reduzir o número de contratados temporários para essa operação. A previsão, que era de 82 mil pessoas, passou 26 mil integrantes. Já a coleta do Censo Agropecuário, prevista para cerca de 90 dias, foi ampliada para cinco meses.
- Foto: José Maria Barros/GP1Deputado Júlio César
O presidente da Frente Parlamentar Municipalista, Deputado Júlio Cesar (PSD/PI), alertou a importância do censo e a responsabilidade da periodicidade das coletas. “O Censo no Brasil precisa ser levado a sério sem depender de surpresas ou da falta de recursos para essa finalidade, no Censo Agropecuário os dados servirão para decisões importantes em pesquisas transferência de tecnologia. Nos últimos anos a base de tudo isso era de estimativas”, lembrou.
No Piauí, 23 recenseadores e seis supervisores irão trabalhar no Censo Agropecuário 2017. O estudo deve mapear as 240 mil unidades rurais do estado.
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