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Urbanitários criticam proposta de privatização da Eletrobras

"Nós entendemos que não iremos chegar na universalização da energia com a privatização”, colocou o presidente da entidade.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Piauí (Sintepi), Paulo Sampaio, conversou com o GP1 na manhã dessa quarta-feira (23) e falou sobre a proposta de privatização da Eletrobras, apresentada pelo Ministério de Minas e Energia. No Piauí, o Sindicato dos Urbanitários, como é mais conhecido o Sintepi, tem se posicionado contra a privatização das estatais.

Paulo Sampaio afirmou que, privatizada a Eletrobras, o Brasil se distanciará de uma meta, que é a universalização da energia elétrica. “Já vínhamos fazendo um trabalho contra a privatização das distribuidoras aqui no Piauí, no caso da Cepisa. Recentemente o Governo fez uma consulta pública sobre a privatização da Chesf [Companhia Hidrelétrica do São Francisco] e de algumas hidrelétricas, e, por último, a questão da Eletrobras. Nós entendemos que não iremos chegar na universalização da energia com a privatização”, colocou.


O líder sindical contra-argumentou as alegações do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, de que a privatização traria uma redução no preço do fornecimento de energia. “O ministro diz que, colocando à venda, provocaria a diminuição do preço, mas todos os estudos feitos entendem que não haverá redução da tarifa e sim um aumento, o consumidor vai pagar por todo esse financiamento através da tarifa. Mantendo as empresas públicas com uma gestão eficiente, o Governo pode garantir a melhoria no atendimento as demandas do consumidor, gerando desenvolvimento”, declarou ao GP1.

Por fim, Paulo Sampaio informou que há uma mobilização nacional contra a proposta do Ministério de Minas e Energia. “Tivemos recentemente um seminário em Brasília para tratar dessa questão. No Piauí já fizemos nosso plano de ação, para que possamos fazer, junto a sociedade piauiense, nosso posicionamento contra esse processo de privatização. Também está marcado em Brasília, nos dias 30 e 31 de agosto, o lançamento de uma frente parlamentar em defesa do setor elétrico público”, pontuou.

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