APREPI assegura o direito do passe livre aos pacientes renais

Depois de muitos anos de luta, a Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Estado do Piauí (APREPI), conseguiu, em um trabalho conjunto com a promotora de Justiça, Marlúcia Gomes Evaristo Almeida, assegurar o direito do passe livre municipal aos seus membros.

O presidente da APREPI, Luiz Gonzaga Moreira Filho, disse ao GP1, que o benefício passou a valer desde o dia 3 de abril deste ano. Ele explicou todo o procedimento necessário para a retirada da carteira.

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“Conseguimos para os pacientes renais o passe livre, juntamente com a promotora Marlúcia, da defesa do Deficiente e do Idoso. Ela nos ajudou fazendo um estudo sobre isso e desde o dia 3 de abril, o passe livre já começou a valer. Para ser atendido, o paciente tem que pegar o atestado médico na clínica em que faz tratamento junto com o encaminhamento. Em seguida, vai para assistente social no Lineu Araújo, na Sala 7, ala A, nos turnos manhã e tarde. De lá, já agenda a perícia médica, leva os documentos pessoais para o CRAS mais próximo da residência. Depois de dar entrada no CRAS em mais ou menos 15 dias, a pessoa já estará com passe livre em mãos”, explicou Luiz.

• Foto: DivulgaçãoAssociação realiza várias ações

O presidente informou à nossa reportagem, que a associação possui 800 pacientes e acredita que mais de 600 deverão ser beneficiados com o passe livre, que vale somente em Teresina.

“Acho que mais de 600 pessoas serão agraciadas. Sem falar dos que, por ventura, se tornarão pacientes renais. A APREPI tem filiados 800 pacientes. Em Teresina, temos sete clínicas de hemodiálise, mas como a associação é estadual, contamos com a casa de apoio, que funciona no prédio da APREPI e lá moram sete pessoas. São dois quartos, um masculino e um feminino, sala ampla, uma área que funciona como refeitório, pátio e cozinha; dois banheiros e a diretoria”, descreveu o presidente.

• Foto: DivulgaçãoAssembleia realizada pela Aprepi

As dificuldades

Luiz Gonzaga também relatou que a associação passa por inúmeras dificuldades, inclusive, com contas atrasadas. Ele informou que o Governo do Estado é responsável por pagar as dívidas de energias elétrica, no entanto, a mesma coisa não tem ocorrido com os débitos de água já que a Prefeitura Municipal de Teresina, que arcava com o valor, suspendeu os pagamentos em dezembro de 2016.

• Foto: DivulgaçãoAtividade do Dia Mundial do Rim

“A ajuda governamental que temos é da SASC que paga a conta de energia. A nossa água, até dezembro, era paga pela Prefeitura de Teresina por meio da SEMTCAS. Com a suspensão da ajuda, estamos com três pagamentos de água em aberto e isso é de todas as sedes do complexo da APREPI. Vamos tentar ver se a SASC assume esse pagamento já que arca com a energia também. Foram cortar a água, mas a gente conseguiu na Agespisa suspender pra ver como vai ficar”, disse.

Luiz Gonzaga também ressaltou a precariedade da sede. “Precisamos de uma reforma, temos uma cadeirante e a sede não é adaptada. Não temos um banheiro adaptado para deficiente, nesse período de chuva, tem muita goteira”, disse.

• Foto: DivulgaçãoAtividades da associação

Como ajudar

Além da ajuda recebida do Governo, a APREPI sobrevive de doações e do bazar que é realizado mensalmente. Luiz explicou como os interessados podem colaborar.

“Recebemos doações de cestas básicas, doações para o bazar que a gente faz todos os meses, na sede ou em frente ao Lindolfo Monteiro. As doações podem ser feitas na própria associação, situada na Rua Rui Barbosa, sem número, próximo ao Verdão, antigo prédio da LBA [Legião Brasileirão de Assistência Social]. Precisamos também de voluntários para atividades de escritório, informática, eletricista, pedreiro, limpeza e cozinheiro", informou.

Além da sede, os interessados também podem colaborar por meio do telefone, 86 98866-8227 ou através da conta bancária: Caixa Econômica Agência: 3828, operação 003 e conta 914-2.