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Promotor afirma que quadrilha desviou mais de 18 milhões de Cocal

“Na investigação ficou confirmado que 16 empresas estavam contratando com o município de Cocal, todas voltadas a fraudar licitações", explicou o promotor Sinobilino Pinheiro.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (10), na sede do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Piauí, foi apresentado o balanço da Operação Escamoteamento, que investigou e prendeu pessoas envolvidas em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações no Piauí, Ceará e Maranhão.

  • Foto: Thais Guimarães/GP1Coletiva de imprensaColetiva de imprensa

A coletiva contou com a participação de representantes do Gaeco, Ministério Público Federal (PRF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil do Piauí, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU), e Tribunal de Contas do Estado (TCE), e foi conduzida pelo promotor de justiça Sinobilino Pinheiro.


  • Foto: Thais Guimarães/GP1Sinobilino PinheiroSinobilino Pinheiro

De acordo com o promotor Sinobilino Pinheiro, foram desviados, apenas do município de Cocal em 2015, o valor de R$ 18.189.644,35 (dezoito milhões, cento e oitenta nove mil, seiscentos e quarenta e quatro reais e trinta e cinco centavos). “Na investigação ficou confirmado que 16 empresas estavam contratando com o município de Cocal, todas voltadas a fraudar licitações, sagrando-se vencedoras nos certames licitatórios para desviar recursos públicos do município”, explicou.

  • Foto: Thais Guimarães/GP1Promotor Sinobilino PinheiroPromotor Sinobilino Pinheiro

Até o momento já foram presas oito das treze pessoas, contra as quais foi expedido mandado de prisão preventiva. Estão presos: Carlos Kenede Fortuna de Araújo, Ana Carolina Portela Silva, Denis Fontenele dos Santos, Fernando Cícero Moreira Fernandes, Francisco Allio Gomnes Mendes, Jansem Nunes, Lucas Menezes de Oliveira, Wladis Bezerra Jerônimo. Continuam foragidos: Francisco Zerbini Dourado, Joaquim Viana de Arruda Neto, José Dias Monteiro, Leandro Gomes Batista e Rodrigo Fortuna de Araújo. Todos eles são do estado do Ceará. Segundo o promotor, Carlos Kenede seria o chefe do que ele caracterizou como “cartel”.

Dentre as empresas investigadas estão: A.M. Construções e Serviços; Ágile Locação de Máquinas, Beville Construções e Serviços, Boa Esperança Empreendimentos, Cosntrutora Íntegra, Construtora Santo Expedito, Delmar Construções Eireli, F.Z. Construções e Serviços, Fontenele Construções e Empreendimentos, Habite Engenharia e Imobiliária, Imediata Construções, J.L. Contabilidade e Serviços, L & J Serviços e Construções, Premium Construções e Locações, R. B. Engenharias e Locações, J. Nunes Empreendimentos.

No Piauí, foram realizadas 35 conduções coercitivas de supostos “laranjas” no esquema, além de cumprimentos de mandados de busca e apreensão na câmara municipal e na prefeitura do município.

O promotor Sinobilino afirmou que até o momento não há indícios de participação de gestores públicos. “Vamos analisar a documentação apreendida, tanto na câmara, quanto na prefeitura [de Cocal], para depois da análise investigarmos os fatos e procurar responsáveis”, declarou.

Confira aqui detalhes da operação na íntegra

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