O Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) ameaça suspender os atendimentos de paciente pelo Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí – IASPI/PLAMTA, antigo IAPEP Saúde. O motivo, segundo eles, são os atrasos nos repasses referentes aos pagamentos.
O presidente da Comissão Brasileira de Hierarquização de Procedimentos Médicos do Piauí, Valrian Campos Feitosa, afirmou que vários acordos foram feitos com a categoria, mas não estão sendo cumpridos. Entre eles, o aumento do valor dos procedimentos médicos.
Além disso, a categoria também questiona a atualização de um novo software de atendimento que deverá ser custeado pelos próprios médicos. “Para o médico poder atender no IAPEP ele precisa dessa plataforma. Nesse caso, a entidade está cobrando o valor de R$ 1.100 para implantação. É um absurdo, pois em outros planos de saúde é a própria operadora que fornece o sistema para o médico. Nós fizemos um acordo e ficou decido que o valor seria reduzido para R$ 60, mas não estão cumprindo”, ressaltou Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI.
A diretora do SIMEPI e da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Lúcia Santos, afirmou que o funcionamento do IAPEP/PLAMTA só está acontecendo devido à responsabilidade do médico em manter o atendimento. “Na verdade, os médicos não estão recebendo. Recentemente, no último mês, o relatório online apagou todos os procedimentos que os médicos fizeram. Nós chamamos os usurários para que tomem uma iniciativa junto com os médicos frente ao IAPEP/PLAMTA, para que isso seja corrigido o mais rápido possível, pois o desconto é feito no contracheque dos funcionários, mas para onde está indo esse dinheiro é o que perguntamos, a situação está insustentável. Sabemos que o plano de saúde para os funcionários do estado é um direito adquirido há muito tempo. Nós médicos queremos prestar um serviço adequado, mas estamos em uma situação muito difícil”, disse.
No mês de janeiro de 2017, o Sindicatos dos Hospitais suspenderam os atendimentos a usuários do IAPEP/PLAMTA na capital, pelo mesmo motivo: atraso no pagamentos. Após acordo com o Governo do Estado, o serviço foi normalizado.
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