A Justiça Federal recebeu denúncia em desfavor do ex-diretor do plano de saúde AHOL - Atendimento Hospitalar e Odontológico Ltda., Ademar Farias, acusado de crime de gestão fraudulenta, tipificado no artigo 4º, da Lei nº 7.492/86 (Lei do Colarinho Branco). A pena para o crime vai de 3 a 12 anos de cadeia.
Narra a denúncia que “Ademar Farias, entre os anos de 2008 e 2011, geriu fraudulentamente a então operadora de planos de saúde AHOL – Atendimento Hospitalar e Odontológico Ltda., mediante a prática de atos de direção ilegais que promoveram a capitalização indevida da instituição financeira equiparada, mascarando a sua situação econômica precária e potencializando os riscos à continuidade do atendimento à saúde suplementar”.
Afirma o MPF que “o denunciado Ademar Farias era, ao mesmo tempo, administrador da AHOL e do Hospital Aliança Casamater, conforme aditivos contratuais, e nessa condição, ardilosamente, assinou vários contratos de empréstimos junto à CASAMATER – sequer contabilizados regularmente – para quitar dívidas da AHOL, que jamais seriam adimplidos, vez que esta operadora de plano de saúde encontrava-se em situação de insolvência financeira, o que contribuiu para mascarar a sua verdadeira situação financeira. O plano de Saúde AHOL - Atendimento Hospitalar e Odontológico Ltda foi liquidado ex-judicialmente pela Agencia Nacional de Saúde Complementar -ANS através da Resolução Operacional nº1.130, de 15 de dezembro de 2011.
A denúncia foi recebida pelo juiz Francisco Hélio Camelo Ferreira, da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, em 13 de setembro de 2016, que determinou a citação do acusado para oferecer resposta a acusação no prazo de 10 dias.
Outro lado
Procurado, o médico não foi localizado para comentar a denúncia.
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