O Grupo Águas do Brasil acionou a Justiça Estadual e o Tribunal de Contas do Estado com o intuito de contestar os critérios utilizados pela Comissão Especial de Licitação do Governo do Estado para subconcessão dos serviços de águas e esgotos em Teresina. A comissão realizou o processo combinando pontuação técnica com valores de outorga para que fosse oferecido o melhor preço, junto com a melhor prestação de serviços. A empresa foi a segunda colocada e ofereceu denúncia ao Tribunal de Contas do Estado e ajuizou mandado de segurança na Comarca de Teresina.
A vencedora da licitação
A Aegea Saneamento e Participações S/A foi apontada como a vencedora do processo. A empresa atingiu nota final de 95,97 pontos, à frente da Águas do Brasil com 93,70 e Consórcio Poti, que obteve 84,60. A previsão é de que no primeiro semestre de 2017 seja assinada ordem de serviço para início do cronograma de obras.
Empresas que formam consórcio são investigadas
A Águas do Brasil atende 16 cidades através de 15 concessões e fatura R$ 1,3 bilhões por ano e é alvo de investigação em diversos estados, sem contar que empresas integrantes do consórcio foram associadas recentemente a escândalos envolvendo denúncias de corrupção, sendo que duas delas, a Queiroz Galvão e a Carioca Engenharia são investigadas no âmbito da Operação Lava Jato.
Diretores da Queiroz Galvão foram presos e denunciados
Presos no decorrer da Operação Lava Jato, o ex-presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor da empreiteira, Othon Zanoide de Moraes Filho, foram denunciados em setembro de 2016 pela força-tarefa que conduz as investigações, juntamente com cinco executivos da empreiteira por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. A denúncia ajuizada pelos procuradores foi a primeira na operação a listar os crimes de cartel e fraude à licitação. Os executivos também são acusados de participação em organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Carioca Engenharia passa por grave crise financeira
A Carioca Engenharia passa atualmente por uma grave crise financeira, enrolada na Lava Jato, a empresa teve que demitir o presidente Alfredo Collado e todos os seus diretores. O dono da construtora, Ricardo Pernambuco Júnior, um dos delatores da operação, afirmou em seus depoimentos, que pagou R$ 52 milhões de propina ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha sobre operações do Fundo de investimentos do FGTS e repassou R$ 1 milhão em 2011, em ‘dinheiro vivo’ ao então tesoureiro do PT João Vaccari Neto para ‘inclusão da empresa na lista de convidadas de obras da Petrobras'.
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