A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Fundação Cepro) e o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) do ano de 2014. Segundo Antonio José Medeiros, presidente da Cepro, o estado teve uma expansão de 5,3% que em valores líquidos corresponde a R$ 37.7 bilhões. Entre os estados brasileiros, o Piauí teve o segundo maior crescimento, perdendo apenas para o Tocantins (6,2%).
“Esse resultado mostra que o Piauí continua em crescimento, não sendo afetado pela crise que em 2014 já se manifestava”, disse Medeiros. Os dados divulgados são melhores do que o PIB nacional. No Brasil, o Produto Interno Bruto registrou um incremento de 0,5% há dois anos, atingindo um patamar de R$ 5,7 bilhões em valores correntes.
Antonio José explicou que o Piauí continua crescendo devido as atividades da Agropecuária. Nos últimos três anos – 2012 e 2014 – o estado acumulou um crescimento de 13,7%, o que representa uma média anual de 4,6% enquanto o país, no mesmo período, acumulou um crescimento de 5,4%, representando uma média de 1,8% ao ano.
O governador Wellington Dias comemorou os resultados. “É um balanço positivo. Destaco que 2014 foi um ano em que o nosso Estado foi administrado pelo governador Wilson Martins em abril e pelo governador Zé Filho até 2014, mas somos todos Piauí e comemoramos um desempenho na economia. Quando a gente olha numa escala a longo prazo, o que aconteceu de 2002 a 2014, nós tivemos um crescimento de 86% na economia piauiense. Um crescimento que se destaca por ser um dos maiores do Brasil, só perdemos para o Mato Grosso, no mesmo período. Este ano comemoramos o resultado de 2014 porque é o segundo maior do Brasil, perdendo apenas para o Tocantins. Nossa renda que sempre foi a menor do Brasil, já não é mais a menor, já subiu uma casa e está empatada com vários outros Estados, ali na 26ª posição, e há sinal de que vamos ano a ano crescer”, estima o governador.
Wellington Dias ainda ressaltou que a perspectiva é que esse bom desempenho tenha sido mantido em 2015 e afirmou que o Piauí tem sido observado com mais atenção por outros estados.
“Estou animado para que em 2015, se Deus quiser, teremos tido também um bom resultado. Basta olhar que o Piauí foi o único Estado do Brasil com saldo positivo de emprego, porque tivemos desemprego sim, mas o número de pessoas empregadas com carteira assinada foi maior. Eu acredito que a gente precisa olhar para um Estado de oportunidade. Os outros já nos olham assim, de outros países e outros Estados, para ver o que está acontecendo na área da produção do milho, soja, algodão, frutas, pescados, industrialização energia eólica e solar e outros. Ou seja, há um crescimento do comércio, dos serviços, da indústria e da agropecuária”, destacou.
Para o governador, a educação tem papel fundamental para alcançar bons resultados. “Eu creio que muitas coisas foram feitas, em primeiro lugar a evolução na educação. Nós tínhamos uma posição muito atrasada nessa área e hoje já estamos na média brasileira. Tínhamos um atraso na qualidade de vida, as pessoas tinham até medo de vir ao Piauí, e hoje já estamos na média e vamos seguir”, disse.
Em 2014, as exportações piauienses apresentaram um resultado favorável com um incremento de 56,16% em relação ao ano anterior. Enquanto as importações expandiram 25,16%. Em termos de variação real do PIB, houve crescimento de 5,3% em comparação ao ano anterior. O Piauí ocupa a 22ª posição no ranking das maiores economias do Brasil, com 0,7% na participação da riqueza nacional e é o 8º no ranking Nordeste. Em 2014 o Piauí alcançou um PIB per capta de R$ 11.808,08 ante R$ 9.824,74 em 2013.
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