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Desembargador Erivan Lopes afirma que Polícia Civil de Picos está em colapso

O Desembargador disse que já esteve em audiência com o secretário Robert Rios Magalhãeas e este garantiu que em dez dias o problema seria resolvido.

Após visitar as delegacias da cidade ao lado do colega Sebastião Ribeiro, o desembargador Erivan Lopes foi enfático ao denunciar o caos na segurança pública em Picos. Ele disse que já esteve em audiência com o secretário Robert Rios Magalhãeas e este garantiu que em dez dias o problema seria resolvido.

Imagem: José Maria Barros/GP1Desembargador Erivan Lopes(Imagem:José Maria Barros/GP1)Desembargador Erivan Lopes

“No dia da abertura da Correição Ordinária, 15 de maio, o primeiro ato que fizemos eu e o desembargador Sebastião Ribeiro, foi visitar as delegacias. Podemos afirmar que a Polícia Judiciária, a Polícia Civil em Picos não está com dificuldades não, ela está em colapso, ou seja, ela não está é funcionando”, denunciou Erivan Lopes.

Imagem: José Maria Barros/GP1Prédio onde funcionava o 2º Distrito Policial(Imagem:José Maria Barros/GP1)Prédio onde funcionava o 2º Distrito Policial

Segundo Erivan Lopes, o trabalho da Polícia Civil de Picos hoje se restringe a registrar boletim de ocorrência e lavrar auto de prisão em flagrante. “Lá existe deficiência de pessoal, deficiência de estrutura física, deficiência em recursos humanos e financeiros”, denunciou.

O desembargador esteve na Central de Flagrantes, que está interditada por ordem judicial, e constatou que lá não há condição de salubridade. Os delegados são em número insuficiente, não tem nem como tirar os plantões. “O Delegado me informou que há 35 dias não conclui um inquérito, ou seja, não está havendo investigação”, constatou Erivan Lopes.

Imagem: José Maria Barros/GP1Central de Flagrantes interditada por ordem judicial(Imagem:José Maria Barros/GP1)Central de Flagrantes interditada por ordem judicial

Diante da situação caótica o desembargador Erivan Lopes já esteve em audiência com o secretário estadual de Segurança Pública, deputado Robert Rios. “Eu e o desembargador Sebastião Ribeiro conversamos com o secretário e ele prometeu que em dez dias o problema estaria solucionado. Nós vamos aguardar o final desse prazo para saber se houve solução, caso contrário nós vamos tomar outras providências”, anunciou.

Conseqüências

Para o desembargador Erivan Lopes as conseqüências geradas por esses problemas são graves. “Inicialmente provoca a impunidade, que gera mais violência, que gera mais insegurança. Se você não tem a Polícia Judiciária que faz o inquérito, investiga, faz a perícia e aponta os autores dos delitos, o Ministério Público não tem como denunciar e o poder Judiciário não tem como julgar”, explica.

Imagem: José Maria Barros/GP1 Delegacia Regional funciona em prédio alugado(Imagem:José Maria Barros/GP1) Delegacia Regional funciona em prédio alugado

Erivan Lopes ressalta ainda que hoje se trabalha o processo criminal com a Polícia Científica e a Polícia de Inteligência. Segundo ele, para se ter uma idéia do caos no setor de segurança pública no município, atualmente em Picos tramita apenas um pedido de rastreamento ou receptação telefônica.

O desembargador lembra que numa Comarca como a de Picos, por exemplo, quando ele esteve em visita com o Neco (Núcleo de Enfrentamento ao Crime Organizado) há cerca de um ano e meio, o poder judiciário tinha pelo menos doze pedidos de rastreamento ou receptação telefônica em andamento.

“Hoje existe apenas um. Isso mostra que a Polícia Judiciária não está funcionado, daí o acrescimento na criminalidade. Seis homicídios de janeiro até agora e somente um com autoria identificada. Os outros cinco já caíram no esquecimento”, arremata Erivan Lopes.

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