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Líderes comunitários denunciam precariedade no atendimento dos postos de saúde em Picos

Representantes de vários bairros e localidades do interior cobraram providências da secretária municipal de Saúde Ana Eulálio

Líderes comunitários e representantes de bairros e localidades do interior de Picos denunciaram a precariedade no atendimento dos postos de saúde. Eles também cobraram dos gestores uma solução para o problema, que atinge principalmente as famílias mais pobres.

Imagem: José Maria Barros/ GP1Representantes das comunidades cobram melhor atendimento.(Imagem:José Maria Barros/ GP1)Representantes das comunidades cobram melhor atendimento.

A denúncia foi feita na manhã desta quinta-feira, 14 de fevereiro, durante audiência pública com a secretária municipal de Saúde Ana Eulálio no gabinete da presidência da Câmara de Vereadores.

Presentes a audiência diversos presidentes de associações de moradores, líderes comunitários e o vereador Francisco Wellington Gonçalves Dantas (PT), autor da proposta.

Imagem: José Maria Barros/ GP1Audiência contou com vários lideres comunitários.(Imagem:José Maria Barros/ GP1)Audiência contou com vários lideres comunitários.

Durante cerca de duas horas os líderes comunitários relataram a situação precária em que se encontram os prédios onde funcionam os postos de saúde do município. Exigiram ainda melhora no atendimento médico e mais dedicação dos profissionais que compõem o quadro dos PSF (Programa de Saúde da Família).

Imagem: José Maria Barros/ GP1Líderes comunitários cobram melhorias no atendimento à saúde.(Imagem:José Maria Barros/ GP1)Líderes comunitários cobram melhorias no atendimento à saúde.

Atendimento precário

Segundo Benerval Holanda Dias, o Bené, representante do bairro Morada do Sol, o tema mais debatido na reunião foi o atendimento médico nos postos de saúde do município de Picos que, segundo os presentes precisa melhorar bastante.

Imagem: José Maria Barros/ GP1Bené diz que atendimento precisa melhorar.(Imagem:José Maria Barros/ GP1)Bené diz que atendimento precisa melhorar.

“O médico não comparece, muitas vezes ele apenas liga e diz que não pode ir. Não cumpre o plantão de cinco horas de acordo com termo assinado com o Ministério Público e com isso a comunidade fica prejudicada” – lembrou.

A representante da localidade Bugi dos Almondes, Luciene Maria Almondes, disse que durante o encontro e baseado nos depoimentos dos líderes comunitários presentes, pode perceber que a estrutura física dos postos de saúde do município de Picos é precária.

Imagem: José Maria Barros/ GP1Representante comunitária denuncia precariedade dos postos de saúde.(Imagem:José Maria Barros/ GP1)Representante comunitária denuncia precariedade dos postos de saúde.

“Falta, inclusive, o básico, que é água para se beber, um banheiro para se usar. Essa realidade é praticamente geral, algo em torno de 90% dos prédios estão nesta situação. Na minha comunidade, por exemplo, o quadro é esse. As portas são fechadas com cordas porque não tem uma simples fechadura” - alfineta Luciene Almondes.

Imagem: José Maria Barros/ GP1Secretária de Saúde garente analisar a situação e tomar prividências.(Imagem:José Maria Barros/ GP1)Secretária de Saúde garente analisar a situação e tomar prividências.

Na reunião os representantes comunitários ficaram sabendo que o medico do PSF é obrigado a tirar um plantão de cinco horas. “A gente encontra médico atendendo uma hora por dia, 20 pessoas, 10 pessoas. A comunidade fica à mercê de ter que madrugar, acampar na porta do posto de saúde para conseguir uma vaga” – denuncia Luciene Almodes.

Solução

A representante da localidade Bugi dos Almondes cobrou da secretária que faça os médicos cumprirem o plantão de cinco horas conforme acertado com o Ministério Público. “Que tenhamos um técnico de enfermagem nos postos para não sermos obrigados a nos deslocar para o Hospital Regional Justino Luz para tirar ponto ou aferir a pressão arterial” – sugeriu.

Imagem: José Maria Barros/ GP1Secretária de saúde e vereador participam da audiência.(Imagem:José Maria Barros/ GP1)Secretária de saúde e vereador participam da audiência.

Diante do que foi relatado pelos líderes comunitários, a secretária municipal de Saúde, Ana Eulálio, garantiu que vai analisar a situação de cada posto e, dentro das condições do município, adotar as medidas cabíveis.

Segundo o vereador Wellington Dantas (PT), a secretária de saúde pediu um prazo de seis meses para tentar resolver a situação. “Em julho deste ano ela voltará a se reunir com os líderes comunitários para uma avaliação das medidas adotadas” – lembrou em discurso na Câmara.

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