Imagem: Valciãn Calixto/GP1Wilson Martins em coletiva na tarde desta quarta-feira (13)
"O fato era evitável, isso é o que mais dói", disse Wilson Martins em entrevista onde esclareceu as medidas que serão tomadas em relação ao apagão que durou mais de doze horas no litoral do Piauí durante o feriado de carnaval.
Segundo o governador, seis municípios e aproximadamente 200 mil pessoas sofreram com a falta de energia. "Foram 12 horas com a falta absoluta de respeito, por isso vamos levantar questionamentos na Justiça, questionamentos administrativos e também políticos junto à presidente Dilma", informou.
Questionado sobre pedido de mudança na administração da Eletrobrás/PI, Wilson disse não ter dúvidas de que algo deve ser feito. "Vamos solicitar da Eletrobrás também que apresente em 90 dias um Plano de Ação para ser apresentado à sociedade", revelou.
O governador moverá ações contra a Eletrobrás para que ela seja punida. Para tal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério das Minas e Energias serão acionados. "É uma falha inaceitável, pois o fato era conhecido pela Eletrobrás, a empresa sabia dos riscos, mas não se prepararam, não agiram e não tiveram condições de resolver", falou.
Imagem: Valciãn Calixto/GP1Wilson Martins ao centro da foto
Segundo informações, um condomínio particular realizava uma obra de terraplanagem no litoral. Wilson Martins disse que a Eletrobrás chegou a notificar a obra. "Não se admite que a Eletrobrás fez um diagnóstico, mas não preveniu a queda dos três postes com cabos e fios para sustentação", explicou.
Para Martins, a falta de energia gerou danos morais e materiais. "Não só aos grandes empresários, mas também aos pequenos comerciantes sem falar no dano moral às pessoas que passaram por constrangimento e aborrecimento", comentou.
A falta de energia para o governador era previsível, mas não durante um espaço de 12 horas. "Ainda mais em Parnaíba, a segunda maior cidade do Piauí, onde haveria festas de carnaval, não só no litoral, mas em cidades como Floriano, Barras, o Estado se preparou com os municípios, mandou equipes da juventude, saúde, educação, águas e esgotos, segurança, enviou recursos dos contribuintes, mas não recebemos de volta a segurança merecida pela Eletrobrás", concluiu.
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