Construída há 47 anos por iniciativa da comunidade do bairro Junco, Zona Leste de Picos, a Unidade Escolar Miguel Lidiano foi abandonada pelo governo do estado. Devido aos riscos de desabamento o prédio foi interditado no início de 2013 e os alunos transferidos para um local improvisado, situado no bairro Pedrinhas.
Durante o desfile cívico de 7 de setembro, a comunidade escolar do Miguel Lidiano exibiu faixas com frases de efeito denunciando o abandono do prédio e, cobrando providências do governador. No entanto, até o momento nenhuma providência foi adotada.
A educadora lembra que a promessa vai passando de ano para ano e sempre que a comunidade escolar do Miguel Lidiano busca informações sobre a reforma, recebe justificativas por parte dos representantes do governo do estado. “É um documento que falta, é o registro do engenheiro que não deu certo, é licitação, sempre tem uma desculpa”, lembra.
Os locais propostos pelo secretário da Educação para o Miguel Lidiano funcionar temporariamente eram totalmente contrários, contramão, pois a escola atende alunos dos bairros Junco, Parque de Exposição, Paraibinha e Pedrinhas e também das localidades Samambaia e Morrinhos.
“Os alunos iam para o centro e no ano seguinte não teriam mais matrículas e, com isso resolveriam o problema. Não tinha risco de desabar na cabeça de nenhum aluno e a escola fechava”, pontuou a professora Ana Luíza.
Reação
Diante dessa possibilidade a comunidade escolar, o núcleo gestor e os pais fizeram um abaixo assinado, os professores levaram ao Ministério Público e foi cedido um prédio para a escola funcionar temporariamente. Trata-se do Centro de Convivência, do bairro Pedrinhas, que pertence a Sasc.
“O governo prometeu que a reforma sairia até abril de 2013, sendo que já estamos em outubro e o prédio está lá, totalmente abandonado sendo utilizado para outros fins. Estamos preocupados porque pode acontecer de lá ser invadido ou os antigos proprietários pedirem o terreno de volta, pois foi doado para construção da escola”, lembra Ana Luíza.
De acordo com a professora Ana Luíza, com a interdição do Miguel Lidiano o ano letivo de 2013 já iniciou no Centro de Convenções de Pedrinhas. A promessa do governo é de que em abril começaria a reforma do prédio do Junco e no próximo ano as aulas já seriam lá.
“No entanto, até o momento o prédio continua abandonado. Já retiraram portas, quebraram banheiros, estão retirando os equipamentos. Acho que do jeito que está não teremos mais prédio e temos medo de perder a identidade, porque o Miguel Lidiano é a primeira escola do bairro Junco, tem uma história”, relata à educadora.
A Unidade Escolar Miguel Lidiano oferta o Ensino Fundamental Maior do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e o EJA, além dos programas do governo federal, como Mais Educação, Saúde na Escola e mais recentemente o Ensino Médio Inovador.
Levantamento feito pela reportagem do Portal GP1 concluiu que quando a escola funcionava no bairro Junco chegou a ter 800 alunos. Porém, devido às dificuldades inerentes ao abandono do prédio esse número caiu pela metade.
“Com o abandono do prédio e a estrutura física da escola ficando cada vez mais deficiente fomos perdendo alunos. Até o ano passado contávamos com pouco mais de 400 matriculados. Em 2013 iniciamos com menos de 200, mas agora recuperamos e estamos chegando próximo dos 400”, informou Ana Luíza.
Para a professora o que está faltando é interesse por parte do governo. Por isso ela faz um apelo para que as autoridades dêem mais atenção, solucionem o problema e façam com urgência a reforma da Unidade Escolar Miguel Lidiano.
“Seis escolas de Picos que passaram por um processo de reforma recente estão sendo reformadas e o Miguel Lidiano esquecido, há 47 anos esperando e nada. A obrigação é do governo e a população vai continuar cobrando, pois entende que está faltando atitude dos governantes para solucionar esse problema”, alerta a professora Ana Luíza em tom de desabado.
Outro lado
A gerente regional da 9ª GRE, em Picos, Maria Umbelina Pacheco Leal, garantiu que a reforma da Unidade Escolar Miguel Lidiano, no bairro Junco, será feita. Segundo ela, a demora é por conta da documentação e do excesso de burocracia, mas tudo está sendo resolvido.
“Acreditamos que num prazo de 30 a 40 dias nós já sabemos qual foi à empresa vencedora da licitação e, assim as obras sejam iniciadas”, destacou. Umbelina informou que serão investidos recursos da ordem de 1 milhão e 300 mil reais.
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Durante o desfile cívico de 7 de setembro, a comunidade escolar do Miguel Lidiano exibiu faixas com frases de efeito denunciando o abandono do prédio e, cobrando providências do governador. No entanto, até o momento nenhuma providência foi adotada.
Imagem: José Maria Barros/GP1Apesar da estrutura precária escola continua formando cidadãos
Segundo a professora Ana Luíza da Costa Ramos, desde a fundação da escola há 47 anos, o governo nunca fez uma reforma no Miguel Lidiano, apenas pequenos reparos.Imagem: José Maria Barros/GP1Aluno cobra explicações das autoridades
“Os recursos vêm para o Miguel Lidiano e as direções vão fazendo pequenos reparos. Mas, com o passar dos tempos a escola foi se desgastando e aí tem essa necessidade. O número de alunos aumentou, a realidade da comunidade mudou e tinha que ser feita uma reforma ampla, porém, desde 2002 o governo promete e até agora nada”, denunciou a professora Ana Luíza.A educadora lembra que a promessa vai passando de ano para ano e sempre que a comunidade escolar do Miguel Lidiano busca informações sobre a reforma, recebe justificativas por parte dos representantes do governo do estado. “É um documento que falta, é o registro do engenheiro que não deu certo, é licitação, sempre tem uma desculpa”, lembra.
Imagem: José Maria Barros/GP1Professora denuncia falta de atitude dos governantes
Ana Luiza informa ainda que no ano de 2012 chegou uma ordem para que o prédio fosse desocupado e os alunos transferidos para a Escola Normal e para o Urbano Eulálio, localizados no centro da cidade.Os locais propostos pelo secretário da Educação para o Miguel Lidiano funcionar temporariamente eram totalmente contrários, contramão, pois a escola atende alunos dos bairros Junco, Parque de Exposição, Paraibinha e Pedrinhas e também das localidades Samambaia e Morrinhos.
Imagem: José Maria Barros/GP1Abandono da escola é visível
Ana Luíza informou que professores, coordenadores e direção procuraram saber do secretário da Educação o porquê dessa transferência, pois a comunidade escolar sentiu que o intuito do governo era fechar a escola.“Os alunos iam para o centro e no ano seguinte não teriam mais matrículas e, com isso resolveriam o problema. Não tinha risco de desabar na cabeça de nenhum aluno e a escola fechava”, pontuou a professora Ana Luíza.
Imagem: José Maria Barros/GP1Prédio foi interditado no início do ano
Imagem: José Maria Barros/GP1 Prédio está abandonado
Reação
Diante dessa possibilidade a comunidade escolar, o núcleo gestor e os pais fizeram um abaixo assinado, os professores levaram ao Ministério Público e foi cedido um prédio para a escola funcionar temporariamente. Trata-se do Centro de Convivência, do bairro Pedrinhas, que pertence a Sasc.
“O governo prometeu que a reforma sairia até abril de 2013, sendo que já estamos em outubro e o prédio está lá, totalmente abandonado sendo utilizado para outros fins. Estamos preocupados porque pode acontecer de lá ser invadido ou os antigos proprietários pedirem o terreno de volta, pois foi doado para construção da escola”, lembra Ana Luíza.
De acordo com a professora Ana Luíza, com a interdição do Miguel Lidiano o ano letivo de 2013 já iniciou no Centro de Convenções de Pedrinhas. A promessa do governo é de que em abril começaria a reforma do prédio do Junco e no próximo ano as aulas já seriam lá.
“No entanto, até o momento o prédio continua abandonado. Já retiraram portas, quebraram banheiros, estão retirando os equipamentos. Acho que do jeito que está não teremos mais prédio e temos medo de perder a identidade, porque o Miguel Lidiano é a primeira escola do bairro Junco, tem uma história”, relata à educadora.
A Unidade Escolar Miguel Lidiano oferta o Ensino Fundamental Maior do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e o EJA, além dos programas do governo federal, como Mais Educação, Saúde na Escola e mais recentemente o Ensino Médio Inovador.
Levantamento feito pela reportagem do Portal GP1 concluiu que quando a escola funcionava no bairro Junco chegou a ter 800 alunos. Porém, devido às dificuldades inerentes ao abandono do prédio esse número caiu pela metade.
“Com o abandono do prédio e a estrutura física da escola ficando cada vez mais deficiente fomos perdendo alunos. Até o ano passado contávamos com pouco mais de 400 matriculados. Em 2013 iniciamos com menos de 200, mas agora recuperamos e estamos chegando próximo dos 400”, informou Ana Luíza.
Para a professora o que está faltando é interesse por parte do governo. Por isso ela faz um apelo para que as autoridades dêem mais atenção, solucionem o problema e façam com urgência a reforma da Unidade Escolar Miguel Lidiano.
“Seis escolas de Picos que passaram por um processo de reforma recente estão sendo reformadas e o Miguel Lidiano esquecido, há 47 anos esperando e nada. A obrigação é do governo e a população vai continuar cobrando, pois entende que está faltando atitude dos governantes para solucionar esse problema”, alerta a professora Ana Luíza em tom de desabado.
Outro lado
A gerente regional da 9ª GRE, em Picos, Maria Umbelina Pacheco Leal, garantiu que a reforma da Unidade Escolar Miguel Lidiano, no bairro Junco, será feita. Segundo ela, a demora é por conta da documentação e do excesso de burocracia, mas tudo está sendo resolvido.
Imagem: José Maria Barros/GP1Prédio cedido temporariamente para o Miguel Lidiano
Ela informou que na última sexta-feira, dia 4 de outubro, seria publicado no Diário Oficial do Estado e no Diário Oficial da União, o edital de licitação para reforma e ampliação da escola, além da construção de uma quadra poliesportiva.“Acreditamos que num prazo de 30 a 40 dias nós já sabemos qual foi à empresa vencedora da licitação e, assim as obras sejam iniciadas”, destacou. Umbelina informou que serão investidos recursos da ordem de 1 milhão e 300 mil reais.
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