No décimo dia em greve no estado, os servidores do Judiciário Federal e Ministério Público realizam um ato unificado com as várias categorias do funcionalismo público. A manifestação acontecerá em frente ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), a partir das 7h da manhã desta quarta-feira (29).
Os manifestantes querem discutir especialmente o direito de greve no serviço público, que ainda não tem lei específica e que vem sendo limitado a cada movimento paredista, com liminares que chegam a determinar o funcionamento de 80% dos órgãos. Na quarta, além da manifestação pela manhã, os servidores farão uma vigília a partir das 18h no Tribunal Regional Eleitoral para pressionar o Governo a incluir o reajuste dos servidores na proposta orçamentária de 2012, porque sexta (31) é o último prazo para que o Executivo envie a proposta ao Congresso Nacional.
A diretora Madalena Nunes fala das perdas salariais dos servidores do Judiciário nos últimos anos. Ela enfatiza que mesmo o percentual de reajuste proposto pela categoria não consegue repor as perdas com a inflação. A diretora explica que a elaboração da proposta de reajuste é feita em parceria com a administração do Judiciário em determinado momento, baseada nos cálculos da inflação do período do último reajuste. Ela comenta, no entanto, que há uma demora muito grande para que o projeto passe por todas as instâncias: desde a aprovação da proposta pelo Judiciário até aprovação e efetivação do reajuste, o que faz com que os valores fiquem desatualizados.
Ela acrescenta, ainda, que a proposta inicial do PCS que está no Congresso ultrapassava a marca de 80% de reajuste, exatamente para repor as perdas com a desatualização do plano de 2006, aprovado somente após dois anos de negociação. “Infelizmente, a nossa proposta foi cortada pela cúpula do Judiciário e nós já estamos com 30% de perdas do plano de 2006, mais o que perdemos nestes seis anos sem reajuste.” Madalena esclarece que são os partidos políticos no poder os responsáveis por retardar a aprovação do plano e causar a defasagem salarial dos servidores. “A nossa insatisfação é que os mesmos partidos políticos que estão lá, segurando o nosso plano, são exatamente os partidos que conseguem se eleger às custas do nosso trabalho e sequer o valorizam. Resta saber se nós vamos ficar trabalhando para que eles façam o que quiserem conosco ou se nós iremos nos impor e mostrar o quanto nosso trabalho é importante.”
Uma servidora, revoltada com a reportagem publicada na Revista Época, que apontaria salários muito acima do ganho real dos servidores, considera a necessidade de direito de resposta na revista e diz ser crucial os sindicatos de todo o Brasil se mobilizarem para mostrar à população ‘verdades’ sobre o serviço público e o Governo. “As pessoas precisam saber o que nós fazemos. Quando vemos os jornais, só noticiam que o juiz despachou alguma coisa, mas nunca dizem quantos servidores são necessários para que aquilo aconteça.” O diretor Saturnino Dantas questionou ainda por que não se noticia que o Governo gasta 47% do orçamento para pagar juros e amortizar a dívida.
O diretor Pedro Laurentino elogiou os colegas que aderiram ao movimento pela primeira vez nesta terça, mas reforça a necessidade de mobilização para conseguir a aprovação do plano. Ele falou dos muitos servidores ‘pendurados’ em empréstimos consignados e enfatizou: “Ninguém faz empréstimo para fazer farra!”. A diretora Antonia Goudinho completa: “Eu queria receber esse dinheiro todos que eles dizem que nós recebemos”.
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Os manifestantes querem discutir especialmente o direito de greve no serviço público, que ainda não tem lei específica e que vem sendo limitado a cada movimento paredista, com liminares que chegam a determinar o funcionamento de 80% dos órgãos. Na quarta, além da manifestação pela manhã, os servidores farão uma vigília a partir das 18h no Tribunal Regional Eleitoral para pressionar o Governo a incluir o reajuste dos servidores na proposta orçamentária de 2012, porque sexta (31) é o último prazo para que o Executivo envie a proposta ao Congresso Nacional.
A diretora Madalena Nunes fala das perdas salariais dos servidores do Judiciário nos últimos anos. Ela enfatiza que mesmo o percentual de reajuste proposto pela categoria não consegue repor as perdas com a inflação. A diretora explica que a elaboração da proposta de reajuste é feita em parceria com a administração do Judiciário em determinado momento, baseada nos cálculos da inflação do período do último reajuste. Ela comenta, no entanto, que há uma demora muito grande para que o projeto passe por todas as instâncias: desde a aprovação da proposta pelo Judiciário até aprovação e efetivação do reajuste, o que faz com que os valores fiquem desatualizados.
Ela acrescenta, ainda, que a proposta inicial do PCS que está no Congresso ultrapassava a marca de 80% de reajuste, exatamente para repor as perdas com a desatualização do plano de 2006, aprovado somente após dois anos de negociação. “Infelizmente, a nossa proposta foi cortada pela cúpula do Judiciário e nós já estamos com 30% de perdas do plano de 2006, mais o que perdemos nestes seis anos sem reajuste.” Madalena esclarece que são os partidos políticos no poder os responsáveis por retardar a aprovação do plano e causar a defasagem salarial dos servidores. “A nossa insatisfação é que os mesmos partidos políticos que estão lá, segurando o nosso plano, são exatamente os partidos que conseguem se eleger às custas do nosso trabalho e sequer o valorizam. Resta saber se nós vamos ficar trabalhando para que eles façam o que quiserem conosco ou se nós iremos nos impor e mostrar o quanto nosso trabalho é importante.”
Uma servidora, revoltada com a reportagem publicada na Revista Época, que apontaria salários muito acima do ganho real dos servidores, considera a necessidade de direito de resposta na revista e diz ser crucial os sindicatos de todo o Brasil se mobilizarem para mostrar à população ‘verdades’ sobre o serviço público e o Governo. “As pessoas precisam saber o que nós fazemos. Quando vemos os jornais, só noticiam que o juiz despachou alguma coisa, mas nunca dizem quantos servidores são necessários para que aquilo aconteça.” O diretor Saturnino Dantas questionou ainda por que não se noticia que o Governo gasta 47% do orçamento para pagar juros e amortizar a dívida.
O diretor Pedro Laurentino elogiou os colegas que aderiram ao movimento pela primeira vez nesta terça, mas reforça a necessidade de mobilização para conseguir a aprovação do plano. Ele falou dos muitos servidores ‘pendurados’ em empréstimos consignados e enfatizou: “Ninguém faz empréstimo para fazer farra!”. A diretora Antonia Goudinho completa: “Eu queria receber esse dinheiro todos que eles dizem que nós recebemos”.
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