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Piauí

Professores de Aroeiras do Itaim entram de greve por falta de pagamento dos salários

Decisão foi tomada após constantes atrasos no pagamento dos salários dos servidores municipais

Os professores da rede pública municipal de ensino de Aroeiras do Itaim entraram em greve ontem, 28 de março, alegando que novamente estão com os salários atrasados.

Esta não é a primeira vez que os profissionais da Educação do município de Aroeiras do Itaim paralisam suas atividades por falta de pagamento, mas o problema persiste há quatro anos sem que uma solução seja apresentada pelo prefeito Gilmar Francisco de Deus (PTB).

Imagem: ReproduçãoPrefeito alega que recursos são insuficientes para pagar professores(Imagem:Reprodução)Prefeito alega que recursos são insuficientes para pagar professores


Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores da Educação de Aroeiras do Itaim, Roberta Sousa, professores e demais funcionários municipais estão com o salário do mês de fevereiro atrasado e prestes a completar março sem qualquer perspectiva de receber.

“Essa situação vem se perdurando há quatro anos, desde quando a gente entrou no concurso de 2008, cujas provas foram aplicadas pela Universidade Federal do Piauí. Nunca recebemos o salário em dia, porque o prefeito alega que não tem dinheiro suficiente para pagar os funcionários”, informou.

Roberta Sousa disse que durante esses quatro anos os salários dos servidores sempre atrasaram. “Quando os professores recebem os outros funcionários que são de apoio, vigias, zeladoras e merendeiras não recebem. Quando esses servidores recebem os professores ficam sem o pagamento”, denunciou.

Diante disso e sem ter alternativa, os professores resolveram paralisar as atividades e acionar o Ministério Público Estadual para que uma solução seja apresentada. “60% dos recursos do Fundeb são garantidos para pagamento dos professores e 40% para pagamento dos funcionários de apoio. O dinheiro vem, mas, os gestores alegam que é insuficiente para fazer o pagamento”, lamenta.

A sindicalista diz que não acredita na justificativa do prefeito e propõe que ele enxugue a folha de pagamento que, segundo ela, está inchada com prestadores de serviços que não trabalham.

“Ele deveria reduzir a folha de pagamento, pois tem funcionários que não trabalham e estão recebendo regularmente, enquanto nós trabalhamos e ficamos sem o nosso salário”, criticou, acrescentando que o Ministério Público deu um prazo para que o prefeito Gilmar Francisco de Deus apresente os motivos por que não está pagando os professores.

Outro lado

A assessoria do prefeito Gilmar Francisco de Deus enviou farta papelada ao representante do Ministério Público em Picos, justificando por que está tendo dificuldades para efetuar em dias o pagamento dos funcionários. O promotor ainda não se manifestou publicamente sobre a documentação recebida. Enquanto isso, os professores continuam de braços cruzados.

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