Professores lotam Câmara de Picos e cobram sanção do Plano de Carreira da categoria

Em greve desde ontem, 14 de março, dezenas de professores da rede municipal de ensino lotaram a Câmara de Vereadores de Picos na tarde desta quinta-feira, 15, para protestar contra o prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), por não sancionar o Plano de Cargos, Carreira e Salários da categoria, aprovado desde o ano passado.

Com faixas, bandeiras e cartazes, os professores lotaram as galerias da Câmara Municipal de Picos para pressionarem os vereadores a tomarem uma posição em relação ao projeto do Plano de Carreira, que até o momento não foi sancionado e nem vetado pelo prefeito Gil Paraibano.

Pela Lei Orgânica do Município, o prefeito de Picos tem um prazo de 17 dias para vetar ou sancionar qualquer lei aprovada pela Câmara Municipal. Segundo o vereador Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), se isso não ocorrer à lei poderá ser sancionada pelo presidente da Casa.

Como o prefeito não sancionou e nem o presidente da Câmara Municipal de Picos se manifesta sobre o assunto, os professores estão se mobilizando para que uma solução seja adotada o mais rapidamente possível. Além disso, os professores exigem valorização, plano de saúde, eleição direta para diretor de escola e convocação dos concursados.

Nas faixas espalhadas pelas galerias da Câmara, os professores culpavam o prefeito Gil Paraibano pela adesão da categoria à greve nacional da Educação. “Acorda prefeito! A parada é sua. O professor está na rua” e “Prefeito! Perseguição aos sindicalistas é coisa do passado. Lutar é direito não é crime”, são alguns exemplos do descontentamento da categoria com o gestor.


No meio da sessão, liderados por Cícero Damásio, da Central dos Trabalhadores do Brasil (CNT) e por Sinério Sousa, do Sindserm de Teresina, os professores protestaram contra o presidente da Câmara Municipal de Picos, Iata Anderson (PSB).


Logo após o discurso de Iata Anderson, empunhando faixas e cartazes os trabalhadores levantaram e protestaram gritando: “Vereador, presta atenção. Sanciona agora ou vai se dar mal na eleição”, numa alusão a não sanção do Plano de Cargos, Carreira e Salários da categoria, aprovado pelo legislativo desde o ano passado.