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Candidatos denunciam censura na campanha para conselheiro tutelar de Picos

Por decisão da comissão eleitoral candidatos não poderão conceder entrevistas no rádio e na TV e nem usar carro de som para divulgar propostas

O processo eleitoral para o preenchimento das cinco vagas de conselheiros tutelares de Picos continua conturbado e o caso poderá terminar na justiça. A última polêmica está relacionada à censura imposta pela comissão eleitoral, que proibiu qualquer um dos 14 candidatos de conceder entrevista no rádio ou na TV, além da utilização de carro de som.

A proibição irritou o atual conselheiro e candidato a reeleição Josimar Lima da Silva (Dunga) e o suplente e candidato José Alves Batista Pereira. Os dois garantiram que não vão cumprir a determinação imposta pela comissão eleitoral, pois, segundo eles, o próprio edital garante o direito de expressão, que está assegurado na Constituição Federal.

Segundo Batista Pereira, essa determinação partiu do conselheiro estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Francisco Leite, durante reunião ocorrida na última sexta-feira, 23 de dezembro, com os 14 candidatos a conselheiros tutelares de Picos.

Imagem: José Maria/GP1Dunga diz que locais de votação prejudicam comparecimento dos eleitores(Imagem:José Maria/GP1)Dunga diz que locais de votação prejudicam comparecimento dos eleitores

“Ficou estabelecido em ata que nenhum candidato poderá dar entrevista no rádio ou na televisão, e nem expor seu nome ou propostas através de carro de som sob pena de ter a candidatura impugnada. Isso é um absurdo. Vou fazer minha campanha no rádio e na TV, porque é um direito que me assiste e garantido pela Constituição”, garantiu Batista Pereira.

Imagem: José Maria/GP1Batista Pereira garante que fará campanha normalmente(Imagem:José Maria/GP1)Batista Pereira garante que fará campanha normalmente

Batista Pereira explicou ainda que conforme o edital a campanha dos candidatos deveria ter começado no dia 15 de dezembro e prosseguiria até 13 de janeiro. E ata proibindo os candidatos se expressarem foi lavrada no dia 23 no dia 23. “É um ato de censura que não vamos aceitar e se necessário recorreremos à justiça para fazer valer os nossos direitos”, enfatizou.

O conselheiro Dunga disse também que não vai obedecer a essas determinações absurdas e que fará sua campanha normalmente tanto no rádio como na televisão. “Se quiserem cassar minha candidatura que cassem, mas vou até o final em busca dos meus direitos”, assegura.

Para Dunga, outro problema é referente aos locais de votação, que nesta eleição são próximos um do outro. Serão instaladas seções no colégio Petrônio Portela, no Marcos Parente e no Vidal de Freitas, ficando descobertas áreas importantes e de grande densidade eleitoral como o Junco e o centro da cidade.

Segundo ele, como o voto não é obrigatório, com apenas essas três seções localizadas em um único setor e próximas uma das outras, o comparecimento dos eleitores deverá ser baixo. “Em 2008 votaram mais de 2.500 pessoas, mas se permanecer apenas esses locais, o número de votantes vai diminuir consideravelmente”, previu.

Imagem: José Maria/GP1Candidatos denunciam censura(Imagem:José Maria/GP1)Candidatos denunciam censura


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