Nos últimos oito anos, a proporção de domicílios no Piauí sem televisão quase dobrou, passando de 4,5% em 2016 para 9,4% em 2023. Esse aumento de 4,9 pontos percentuais coloca o estado com o oitavo maior crescimento no país. No Brasil, a média de domicílios sem televisão também subiu, de 2,8% para 5,7% no mesmo período. Esses dados foram obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Roraima lidera com 16,2% dos lares sem TV, seguido por Tocantins com 12,6%, enquanto o Rio de Janeiro tem a menor proporção, com 2,6%. O rendimento médio mensal dos domicílios piauienses sem televisão é de R$ 1.149,00, quase metade do rendimento dos lares com televisão, que é de R$ 2.262,00.

O Piauí também se destaca por ter a maior proporção de domicílios com televisores de tubo no Brasil. Em 2016, 55,9% dos lares piauienses possuíam apenas esse tipo de aparelho, número que caiu para 18,4% em 2023. Apesar da redução, o estado ainda lidera nesse quesito, seguido pelo Rio Grande do Norte com 13,2%. A média nacional de domicílios com TV de tubo é de 7,2%, sendo Santa Catarina o estado com a menor proporção, com 2,6%.

Em contrapartida, o Piauí tem a menor proporção de domicílios com televisores de tela fina (LED, LCD ou plasma) no país, com 79,9%, abaixo da média nacional de 90,8%. Santa Catarina lidera com 96,1% dos lares possuindo apenas TVs de tela fina. No Piauí, 1,7% dos domicílios possuem tanto TV de tela fina quanto de tubo, enquanto a média brasileira é de 8,4%.