Fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI) realizaram a apreensão de mais de 75 litros de agrotóxicos, comercializados e armazenados irregularmente nas cidades de Rio Grande do Piauí e Itaueira. A operação de fiscalização foi realizada nessa terça-feira (20), após denúncia sobre a venda irregular desses produtos.
Na cidade de Rio Grande do Piauí, foram encontrados agrotóxicos guardados no depósito de um supermercado, o que poderia trazer risco para os consumidores diante da possibilidade de contaminação dos alimentos armazenados no mesmo ambiente.
Segundo o coordenador de Controle de Agrotóxicos da ADAPI, Olavo Castelo Branco, é por esse motivo que a venda desse tipo de produto em supermercados é estritamente proibida. “Devido ao risco de contaminação cruzada, principalmente, estabelecimentos como supermercados não podem vender agrotóxicos, sendo assim, o mercadinho não tinha registro junto a ADAPI para a prestação desse serviço. Além do que, esses produtos seguem regras específicas de armazenamento, determinadas por leis federais e estaduais”, explicou Olavo Castelo Branco.
Mais adiante, aproximadamente a 35km de Rio Grande do Piauí, na cidade de Itaueira, os fiscais se depararam com irregularidade semelhante em dois estabelecimentos comerciais. No primeiro, foram encontrados 42 litros de agrotóxicos guardados em um banheiro. Além disso, no segundo local alvo de fiscalização foram encontrados 15 frascos de um produto e cinco litros de outro exposto à venda, o que apresentava um risco tanto para os trabalhadores como para os clientes.
Diante disso, o gerente de Defesa Vegetal, Ozael David, reforçou que a comercialização de agrotóxicos deve ser feita de forma responsável, especialmente pelo risco que esse tipo de produto pode representar. “Para comercializar agrotóxicos, os estabelecimentos precisam ter registro junto a Agência de Defesa Agropecuária do estado e para conceder esse registro é necessário o atendimento a uma série de critérios e exigências, como local adequado para armazenamento desses produtos que não ofereça riscos, controle de estoque dentre outros, além da existência de um engenheiro-agrônomo que seja o responsável técnico”, explicou Ozael David.