O delegado da Polícia Federal, Alexandre Pereira de Macêdo Uchôa, chefe da Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos, determinou a cassação do registro de arma de fogo do empresário Tarciano Vinícius de Castro Mourão, dono da empresa Extreme Empreendimentos em Limpeza. Ele é acusado de ameaçar vizinhos com um fuzil no bairro Morada do Sol, na zona leste de Teresina. Na determinação datada de 05 de março, a autoridade policial também incluiu registro de impedimento para que o empresário adquirisse ou tivesse porte de arma de fogo junto ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
A decisão é resultado da instauração do processo que pediu a cassação do registro de arma de fogo de uma pistola 9 mm de propriedade de Tarciano Vinícius. Conforme o delegado, para obter esse registro a pessoa deve atender ao critério de idoneidade, ou seja, ter certidões negativas junto à Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, além não estar respondendo a inquérito policial ou processo criminal.

Como levantado pela autoridade policial, o empresário perdeu esse requisito ao ser indiciado pela Polícia Civil do Piauí, o que resultou na determinação da cassação do registro de arma de fogo da pistola. Essa mesma arma foi apreendida no dia 06 de fevereiro, em operação deflagrada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI) e pela 7ª Delegacia Seccional de Teresina.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, a mistura de bebidas alcoólicas com medicamentos controlados por parte do indivíduo precedia os episódios de ameaça aos vizinhos.
Acusado está em liberdade
O empresário também foi preso preventivamente durante a operação; entretanto, em 28 de fevereiro, teve a liberdade provisória concedida em decisão do juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina. Atendendo ao pedido da defesa, o magistrado determinou a revogação da prisão preventiva com aplicação de medidas cautelares, como a monitoração eletrônica e proibição de contato com as vítimas.
Indiciamento
A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) indiciou o empresário Tarciano Vinícius de Castro Mourão no dia 14 de fevereiro pelos crimes de perturbação do sossego e disparo de arma de fogo em via pública. Ele foi denunciado por um vizinho que o acusou de atirar no meio da rua e proferir ameaças no mês de janeiro.
Outra vizinha, dona de uma escola de reforço para crianças, afirmou que o empresário jogava pedras e pedaços de telha no seu imóvel. Anteriormente, a autoridade policial também havia recebido a denúncia de que, em dezembro de 2024, Tarciano Mourão tinha o costume de atirar dentro de casa e causar problemas na vizinhança, jogando pedras em carros.
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