Brunno Suênio
Thais Guimarães
O advogado identificado como Antônio Victor Reis Macêdo, preso nessa quinta-feira (20), durante uma operação deflagrada pelo Departamento Estadual de Repressão aos Narcóticos (DENARC), foi posto em liberdade em audiência de custódia, realizada na manhã desta sexta-feira (21), no Fórum Criminal de Teresina.
Antônio Victor foi flagrado em uma residência, com estufas de cultivo de maconha na região da Taboca do Pau Ferrado, zona sudeste de Teresina. A decisão foi dada pelo juiz Caio César, da Central de Audiência de Custódia.
De acordo com o presidente da Comissão de Prerrogativas, advogado Leonardo Queiroz, a Justiça acolheu o pedido da defesa, sob a alegação de que “há indicativos de que, individualizando o que foi apreendido em poder de Antônio Victor, é possível que aquilo (maconha) seja destinado ao consumo pessoal. Assim, diante da presunção de inocência e da desnecessidade dessa prisão, o Poder Judiciário entendeu que não havia necessidade de mantê-lo encarcerado preventivamente, em virtude da ausência de periculosidade em sua soltura. Dessa forma, ele foi posto em liberdade, mediante algumas medidas cautelares, para aguardar o desenrolar da investigação”, pontuou Leonardo Queiroz.
Dentre as medidas cautelares impostas, estão a proibição de se ausentar da comarca sem a devida autorização e o comparecimento em juízo sempre que for intimado.
Entenda o caso
Os policiais do DENARC chegaram até o imóvel do advogado, uma espécie de sítio, na tarde desta quinta-feira (20). Ao entrarem no local, se depararam com uma estufa de cultivo de maconha, além de várias mudas espalhadas por diversos cômodos da residência, onde a esposa do advogado também foi presa em flagrante delito.
Segundo o delegado Samuel Silveira, outras residências na mesma comunidade, que fazem parte da religião Santo Daime, foram alvos de buscas do DENARC, onde também foram encontradas estufas para a produção de Skunk.
“Estouramos toda uma produção de Skunk que funcionava aqui. São três residências, várias estufas, a produção era profissionalizada, com muita quantidade de skunk em produção, usando, aparentemente, um cunho religioso para a produção em larga escala, jogando a droga ilícita no mercado consumidor. Inclusive, infelizmente, um dos indivíduos é um advogado. Os responsáveis são associados, esse segmento não se relaciona a facções criminosas, mas fazem uma produção profissionalizada por meio de estufas, em grande quantidade, e de fato uma produção alavancada de skunk", disse o delegado Samuel Silveira.
Equipes do Departamento Geral de Operações (DGO) da Polícia Militar do Piauí, além do BOPAER e do Canil da Guarda Civil Municipal de Teresina, participaram da ação que desmantelou o esquema de produção de maconha.
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